Torcida protesta e Palmeiras perde de novo
BRASILEIRO Sob vaias, jogadores sentem a pressão da arquibancada e time não consegue se recuperar de goleada
"Acabou a paciência". Era o que dizia a faixa estendida no setor das torcidas organizadas durante os mais de 90 minutos da derrota por 1 a 0 do Palmeiras para a Ponte Preta nesta quarta (14), no Allianz Parque. E o sentimento parecia ser compartilhado por quase todos os presentes.
Foi a goleada sofrida para a Chapecoense há 11 dias que secou o reservatório de paciência da torcida. E a derrota para a Ponte Preta apenas piorou o cenário.
Os jogadores estavam tensos diante da pressão vinda das arquibancadas. Seus nomes não foram cantados como de costume. Poucos arriscaram dribles ou lançamentos, e lances bisonhos se repetiram: furadas, escorregões, tropeções. A cada falha, amontoavam-se vaias.
A Ponte Preta aproveitava-se do clima hostil e levava perigo em contra-ataques. Após roubada de bola no ataque, Felipe Azevedo chutou para o gol e a bola desviou no braço de Victor Ramos –a marcação do pênalti foi muito contestada pelos jogadores, bem como a arbitragem durante toda a partida.
Na cobrança, Fernando Bob fez o gol dos visitantes.
Marcelo Oliveira, que já disse em entrevistas que nunca foi xingado de "burro" no Cruzeiro, passou pela experiência nesta quarta após tirar Dudu de campo.
Ao final do jogo, o grito de "time sem vergonha" tomou conta do Allianz Parque.
"Eu acho desnecessária [a faixa], e também as vaias nas substituições. Geraram nervosismo", declarou Zé Roberto na saída de campo.
Com a derrota, o Palmeiras pode ver o Santos, que enfrenta o Grêmio nesta quinta (15), se distanciar na briga por uma vaga no G4.
No próximo sábado (17), o Palmeiras enfrenta o Avaí, na Ressacada, pelo Brasileiro.