Colunistas da Folha lançam coletâneas de crônicas em SP
Fernanda Torres e Gregorio Duvivier participam de encontro no Cine Joia
Evento-balada com os escritores terá debate, sessão de autógrafos e festa em casa de shows nesta quinta-feira (13)
Integrantes de uma nova safra de cronistas do jornalismo brasileiro, os cariocas Fernanda Torres e Gregorio Duvivier, colunistas da Folha, vão conversar sobre esta experiência nesta quinta-feira (13) no Cine Joia, em São Paulo.
O encontro prevê um bate-papo entre os dois atores, seguido por uma sessão de autógrafos e uma festa.
Fernanda está lançando "Sete Anos" (Companhia das Letras; 192 págs.), uma seleção de 40 textos que produziu para a Folha e para as revistas "Piauí" e "Veja Rio". O título faz referência ao tempo de carreira como cronista.
Duvivier reuniu em "Put Some Farofa" (Companhia das Letras; 208 págs.) seus artigos preferidos desde 29 julho de 2013 --data de sua estreia como colunista da "Ilustrada"-- e alguns roteiros criados para o grupo Porta dos Fundos. Ele é um dos idealizadores do canal de humor, recordista de audiência na internet no Brasil.
A frase que dá nome ao livro foi extraída da crônica "Pardon Anything", publicada em junho de 2014 na "Ilustrada", em que lista hábitos brasileiros, como a predileção por farofa e expressões como "Desculpa qualquer coisa", em adaptações para outras línguas.
Publicado às vésperas da Copa do Mundo, o texto obteve mais de 230 mil compartilhamentos no Facebook.
"Foi assustador no início porque não tinha ideia do alcance que poderia ter", comenta Duvivier, que, com frequência, passou a ver suas crônicas na lista dos textos mais lidos do site da Folha.
Ele tem sido alvo de uma enxurrada de críticas, favoráveis e negativas.
"Uma coluna em jornal talvez seja o único gênero literário em que você corre o risco de apanhar semanalmente. Ao mesmo tempo, nunca recebi tantas declarações de amor", diz.
Inicialmente, Fernanda teve dificuldade para se adaptar às reações de seus leitores.
"Quando comecei a escrever [em 2010], tinha medo de receber o telefonema da redação e saber que tinha gente indignada com o que havia escrito", diz, com bom humor.
Ela percebeu que um detalhe de um texto pode torná-lo vulnerável e provocar uma saraivada de críticas.
"Às vezes, toda a sua argumentação pode cair por um descuido. Por isso, costumo reler muito. Não é fácil. Quando publicada em jornal, a sua opinião acaba tendo um outro peso", comenta Fernanda.