Crítica - Filme
Cineasta cede quase tudo à banalidade em 'Philomena'
Como sobreviver no cinema comercial contemporâneo? Eis aí a questão real que coloca "Philomena" (TC Premium, 22h, 12 anos), em que Stephen Frears cede tudo, ou quase, à banalidade e ao sentimentalismo.
Existe ali a história (real, no mais) de uma senhora que engravida quando era pensionista num convento católico. As boas freiras a forçam a entregar o filho. A isso junta-se a história do jornalista que, anos e anos depois, decide ajudar Philomena a encontrar o filho.
Eis então o outrora livre-pensador Frears vendendo bons sentimentos, e o aceno inconformista em relação aos padrões do catolicismo não ajuda muito. Mas foi com isso que o filme entrou no Oscar; não ganhou prêmio, mas já se garantiu aí.
De novo, "Avanti Popolo" (Canal Brasil, 19h, livre) oferece uma espécie de antídoto ao melaço de Frears.