Especial
Nos 461 anos de São Paulo, veja circuito artístico que se desenrola no alto dos prédios
Uma das metrópoles mais verticais do planeta, São Paulo é melhor quando vista do alto. Neste domingo, em que se celebram os 461 anos da cidade, a "Ilustrada" rastreou e mapeou a vida cultural no topo de alguns dos prédios mais marcantes do "skyline" paulistano, cada vez mais ocupados com exposições de arte, peças de teatro e até baladas.
Lá do alto, rodeado das luzes dos arranha-céus e das antenas da avenida Paulista, tudo parece brilhar numa frequência mais intensa.
Enquanto o tradicional Terraço Itália, no topo de um dos prédios mais famosos da cidade, abre suas portas para sua primeira exposição --com telas da artista Carmen Fonseca retratando a metrópole--, galerias de arte e centros culturais constroem no centro da cidade, em especial nos prédios mais altos, um novo circuito artístico.
Depois do Espaço Pivô, que ocupa há três anos um andar no edifício Copan, e das galerias Sé e Phosphorus, num sobrado perto do Pátio do Colégio, a Zipper planeja abrir em março a cobertura de um prédio no vale do Anhangabaú.
"Estaremos no décimo andar, com uma vista muito legal", conta Lucas Cimino, da Zipper. "Vai ser um novo braço da galeria, um espaço híbrido em que vamos ter ateliês e parcerias com outros espaços independentes."
Além da cobertura com vista para o vale, a galeria já tem planos de ocupar, aos poucos, a laje do prédio, criando lá em cima de tudo uma plataforma para eventos ao ar livre.
Neste que parece ser o verão mais quente de todos os tempos, uma brisa nesse mar de asfalto não soa nada mal.