Crítica filme
Longa 'El Bonaerense' é um dos melhores de Pablo Trapero
É quase uma sina dos países da América Latina: os filmes de começo de carreira são quase sempre os melhores.
Foi assim com Pablo Trapero, cujo "El Bonaerense" (2002, 12 anos, TV Brasil, 24h) foi um dos sinais do surgimento de uma geração formidável de diretores argentinos.
O filme acompanha o jovem Zapa, que, depois de se envolver por acaso numa situação criminal, é mandado para Buenos Aires, onde se torna policial.
Já para entrar para a polícia, a verdade é comprometida. O pequeno deslize é o início de uma observação profunda sobre corrupção: não como crime premeditado praticado por gente má (como em "Tropa de Elite"), mas como um deslizar em que camaradagem, coleguismo e hábito se misturam insidiosamente.
Filme precioso do cineasta que hoje faz coproduções de sucesso maiores, competentes e um tanto óbvias ("Elefante Branco", "Abutres").