Crítica filme na TV
Tudo o que Hollywood propõe se reproduz em filme de Kazan
Tudo, em "O Último Magnata" (1976, 10 anos, TC Cult, 23h55), existe para reforçar a ideia de Hollywood como um lugar de prazer, em que o próprio trabalho é um prazer.
Lá está Monroe Stahr, poderoso chefe de produção de um estúdio: ele é não só obcecado pela perfeição como talentoso. Ensina roteiristas com um charme incrível, demite atores, discute orçamentos...
O que poderia ser uma chatice é um encanto, pois Robert de Niro é Stahr, o diretor é Elia Kazan, o roteiro sai de uma obra de Scott Fitzgerald. E o personagem é uma homenagem a Irving Thalberg, o criador do sistema de estúdios.
Claro, haverá um tanto de romance, de suspense, de sexo. Tudo o que Hollywood propõe também se reproduz aqui.
O último filme de Kazan é lindo. Como é, aliás, "Grigris" (2013, 12 anos TV5 Monde, 0h07 de quarta), do tchadiano Mahamat-Saleh Haroun, mas só cinéfilos curtirão.