Crítica filme na TV
Clint Eastwood é um dos raros diretores a desafiar o 'final feliz'
Não há tanta gente disposta, hoje, a desafiar a convenção do "happy end". Clint Eastwood o faz. Não sempre (se não "colasse" o final feliz em "Crime Verdadeiro", a catástrofe seria certa), claro.
Em "Menina de Ouro" ("Million Dollar Baby", 2004, 12 anos, TC Touch, 19h35), o final é cuidadosamente preparado. O espectador experimenta ali todo tipo de emoção humana: a tenacidade, o ceticismo, a força, a esperança, o apogeu --antes de chegar ao final.
Talvez seja por isso que o espectador aceita, nos filmes de Clint, um final não necessariamente feliz: é um dos raros cineastas americanos a se preocupar com o mundo que o cerca, sem curvar-se às imagens que esse mundo produz.
Aqui, temos a história de uma candidata a lutadora de boxe, em seu enfrentamento com um "manager" que não quer saber de se envolver com mulher.