Crítica filme na TV
'Lawrence' marca passagem de Sharif ao cinema ocidental
Quem vai ao Japão se espantará com o culto a Audrey Hepburn. É dela e de "Bonequinha de Luxo" ("Breakfast at Tiffany's", 1961, livre, TC Cult, 17h50), um belíssimo Blake Edwards, que pensei em falar.
Mas há um outro belo ator que acaba de morrer, Omar Sharif. Ele começou sua carreira no Egito e foi escalado como um líder do deserto em "Lawrence da Arábia" ("Lawrence of Arabia", 1962, 12 anos, TCM, 22h).
O filme é mais uma dessas demonstrações do pouco apreço do britânico David Lean pelo império colonial inglês. O centro é T.E. Lawrence, o oficial britânico que termina por aderir e de certo modo organizar a guerrilha árabe contra o mandato inglês na região.
Não é essa, tanto, a questão do filme. O centro é a personalidade de Lawrence, seu encanto pelo lugar. Um filme antipreconceitos, marcando a passagem de Sharif ao cinema do Ocidente.