Crítica filme na TV
Atuação de Sandy é ponto de desequilíbrio em obra de horror
Marco Dutra é um dos raros cineastas (um dos diretores de "Trabalhar Cansa") capaz de aproximar a observação dos personagens ao respeito ao gênero que trabalha, no caso o horror.
"Quando Eu Era Vivo" (2014, TC Action, 12 anos, 19h55) começa com Junior batendo à porta do apartamento do pai após se separar da mulher. Percebemos, porém, a distância e as pendências entre pai e filho.
A aprofundar essa distância existe o fantasma da mãe, já morta, representado pelos objetos que Junior vai achando e que acentuam seu caráter depressivo. Em meio a isso fica a jovem inquilina da casa, Sandy.
Ela devia ser um motivo a mais de desequilíbrio na casa. Mas é um motivo de desequilíbrio do filme: parece que não se interessou pelo papel, cuidou mais da maquiagem que da interpretação. Pena porque Antonio Fagundes e Marat Descartes estão formidáveis.