Crítica filme na TV
Thriller 'Operação França' é um aprendizado de cinema
É sempre um prazer e um aprendizado de cinema voltar a "Operação França" (1972, 14 anos, TC Cult, 22h), pela ambientação, pela fotografia seca, pela força que se percebe a cada plano da direção de William Friedkin.
Ali estão Popeye Doyle (Gene Hackman) e seu rival, Alain Charnier (Fernando Rey). O primeiro, impulsivo, descontrolado por vezes. Note-se a obra-prima que é seu chapéu: basta olhá-lo para ver um homem simplório. O segundo, grande traficante, friamente perverso, sofisticado.
O argumento tem um quê convencional, é verdade. Mas o filme aos poucos desvia-se, em parte pela caracterização dos dois inimigos: são como o positivo e o negativo de uma situação. Conhecem-se muito bem, pois são como gêmeos.
Também vale mencionar o trabalho de Owen Roizman, diretor de fotografia sempre a serviço dos filmes que faz.