Cinema filme na TV
Comédia com Jack Nicholson é conduzida com tato e talento
"Melhor É Impossível" (1997, Max Up, 18h30, 12 anos) tem qualidades pouco frequentes. Começam no argumento sobre o escritor de maus bofes forçado a conviver com a única garçonete que o serve a contento e com o vizinho homossexual.
Eis aí o que é o personagem de Jack Nicholson: misantropo, homofóbico e machista. E cheio de manias também. Conduzir uma história dessas com tato e talento (sem contar o humor: trata-se de uma comédia) não é tão fácil assim.
A trama é ágil como uma comédia dos anos 1930, mas aplicada a questões atuais.
É preciso não forçar a barra, não se tornar óbvio. Conduzir mudanças na percepção de mundo dos personagens centrais que nos ajudem a compreender um pouco o contemporâneo sem entregar o espectador a tediosas postulações moralizantes sobre comportamentos. O filme chega a tudo isso. Continua vivo.