Missão dada é missão cumprida
Aos 53, Tom Cruise chega ao quinto 'Missão: Impossível' sem dublê nem perspectivas de parar –e bate super-heróis
Ao lançar "Missão: Impossível "" Nação Secreta", quinto capítulo da série cinematográfica estrelada pelo agente secreto Ethan Hunt, Tom Cruise, aos 53 anos, fez o que parecia, com o perdão do trocadilho, impossível.
O ator norte-americano resistiu aos heróis da Marvel de "Quarteto Fantástico" e se manteve no topo das bilheteiras na segunda semana em cartaz nos EUA (onde estreou no dia 31 de julho).
Os US$ 270 milhões (R$ 940 milhões) que arrecadou em 15 dias, ainda sem chegar aos cinemas de diversos territórios –como o brasileiro, onde estreia nesta quinta (13)–, são mais impressionantes porque os blockbusters americanos não fabricam mais astros capazes de atrair tanto público.
"Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros", grande sucesso de 2015 (fez US$ 1,6 bilhão ou R$ 5,6 bilhões), tem Chris Pratt no elenco, mas a grande atração é o grupo de dinossauros digitais.
"Vingadores: Era de Ultron" (US$ 1,3 bilhão ou R$ 4,5 bilhões) tem Robert Downey Jr., mas certamente teria o mesmo desempenho com outro ator embaixo do capacete do Homem de Ferro.
O mesmo não pode ser dito da franquia "Missão: Impossível". Cruise, desde o início da série, há quase 20 anos e com Brian De Palma na direção, tomou de assalto o papel do agente criado por Bruce Geller para a série homônima de TV dos anos 1960 e 70: o astro produz, ajuda no roteiro, escolhe o diretor e ainda assume riscos em cenas perigosas que viraram o grande chamariz dos longas.