Contribuição de comércio e serviços mantém entidade
O orçamento realizado pelo Sesc São Paulo em 2014 foi de R$ 1,68 bilhão. O orçamento previsto para este ano de 2015, sem contar o impacto da queda na arrecadação, é de R$ 2 bilhões.
O volume da arrecadação, diz Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc, depende do mercado de trabalho nas empresas de comércio e serviços em geral (hotelaria, comunicação, ensino, saúde), em todo o Estado de São Paulo.
Um mercado que, sublinha Miranda, já está sendo e "vai ser afetado".
Como funciona o financiamento, segundo ele: "A nossa arrecadação vem da folha de pagamento dessas empresas. Não da contribuição dos trabalhadores, mas de um cálculo sobre a folha, que as empresas fazem para contribuir para a gente".
Cada empresa destina um valor equivalente a 1,5% sobre sua folha. "Não somos uma instituição que depende da contribuição dos trabalhadores, diretamente, mas o cálculo vem sobre o montante de salário."
Os recursos, informa a assessoria do Sesc, bancam gastos com programação, com os salários de 6.887 funcionários, com a infraestrutura e a manutenção de 36 unidades no Estado, além da construção de futuras unidades, caso das duas a serem abertas na capital em 2016.
'USUÁRIOS'
Miranda afirma que a instituição está "aberta para todo mundo", mas aponta "prioridade" para o trabalhador de comércio e serviços –antes classificado como comerciário e hoje como "credenciado pleno".
A mudança na denominação se deu em 2014, quando a redução de vagas para os não comerciários motivou críticas. "Nós chamávamos de 'usuários' as pessoas que não eram comerciárias e frequentavam o Sesc com uma matrícula, que acabou desaparecendo e foi substituída pela credencial por atividade", diz o diretor regional.
"Houve mal-estar, 'Acabaram os usuários', mas não acabaram", prossegue. "Nós damos prioridade para os trabalhadores, credenciados plenos. Mas, se temos condição de atender a outras pessoas, elas recebem um credenciamento para aquela atividade." (NS)