Crítica cinema/ficção científica
'Maze Runner 2' une filme de zumbis a prova de atletismo
Segunda parte da franquia fica abaixo da média das obras para adolescentes
Segundo episódio da franquia baseada nos livros de James Dashner, "Maze Runner - Prova de Fogo" segue a fórmula básica dos filmes "YA" (young adults), protagonizados por e dirigidos a jovens adultos (mas consumidos sobretudo por adolescentes).
Como nas séries "Jogos Vorazes" e "Divergente", o filme se passa em um futuro pós-apocalíptico no qual um grupo de jovens resiste a um misterioso poder opressor.
Também da mesma forma que outros "YA", a narrativa se divide em duas partes.
Há cenas de diálogos que tentam explicar a complicada trama. E sequências de ação em que os personagens enfrentam provações de dificuldade crescente, claramente inspiradas nas fases de videogames ""oferecendo ao público dose de adrenalina.
Há ainda um pouco de romance casto, porque Hollywood sabe que os hormônios dos adolescentes estão em ebulição, mas vivemos em uma época conservadora.
Mas, então, o que "Maze Runner 2" tem de específico? Em primeiro lugar, claro, os detalhes da trama.
Depois de escapar do labirinto no primeiro episódio, o protagonista Thomas (Dylan O'Brien) e seus amigos são levados a um abrigo dirigido por pessoas que supostamente combatem a organização conhecida como Cruel.
Mas Thomas logo descobre os segredos de seus anfitriões e escapa com seu grupo por um deserto onde terão de enfrentar criaturas disformes.
A certa altura, "Maze Runner 2" vira um filme de zumbis e uma prova de atletismo, em que os personagens parecem em uma versão distópica de "Corra, Lola, Corra".
Nas séries "Jogos Vorazes" e "Divergente", falhas são compensadas pelo talento das atrizes (Jennifer Lawrence, Shailene Woodley).
Dylan O'Brien se revela um ator com recursos mais limitados e, também por isso, o resultado de "Maze Runner 2" fica abaixo da média da safra recente dos "YA".
MAZE RUNNER - PROVA DE FOGO
(MAZE RUNNER - THE SCORCH TRIALS)
DIREÇÃO Wes Ball
ELENCO Dylan O'Brien, Kaya Scodelario, Ki Hong Lee
PRODUÇÃO EUA, 2015, 14 anos
QUANDO em cartaz
AVALIAÇÃO regular