'Fargo' volta para a TV com salto temporal
Agora em 1979, segunda temporada traz elenco renovado e coloca como protagonista o pai da heroína do 1º ano
Exibida pelo canal FX nos EUA, série premiada com Emmy e Globo de Ouro ainda é inédita no Brasil
Há um refúgio de inocência em um canto esquecido dos EUA, entre os Estados de Minnesota e Dakota do Sul, e ele está ameaçado. É com essa premissa que "Fargo" volta à TV nesta segunda (12), no canal americano FX. A série ainda não é exibida no Brasil.
Baseado no filme homônimo de 1996 dos irmãos Coen –creditados como produtores-executivos mesmo sem envolvimento direto no projeto–, o programa foi planejado como uma minissérie antes de cair no gosto do público e da crítica. Em 2014, levou o Emmy e o Globo de Ouro nessa categoria.
Na primeira temporada, as cidades de Fargo, Duluth e Bemidji tiveram sua serenidade perturbada pela chegada do assassino de aluguel Lorne Malvo (Billy Bob Thornton). Desta vez, são Luverne e Sioux Falls que têm a banalidade de seu cotidiano ameaçada por um ato de violência.
Em seu segundo ano, a série volta no tempo para preceder os eventos do filme de 1996. Estamos agora em 1979, e Molly Solverson (Allison Tolman), protagonista da primeira temporada, ainda é criança –é seu pai, Lou (Patrick Wilson como a versão mais nova de Keith Carradine), que conduz a narrativa.
Ainda policial (estava aposentado na primeira leva de episódios), ele e seu chefe e sogro, o xerife Hank Larsson (Ted Danson), investigam o assassinato de três pessoas na lanchonete Waffle Hut.
As mortes inexplicáveis têm implicações para a família criminosa Gerhard, cujo patriarca sofre um derrame, deixando o filho (Jeffrey Donovan) e a mulher (Jean Smart) disputando o poder.
No meio do conflito também está a esteticista Peggy Blomquist (Kirsten Dunst), que arrasta o marido bobalhão, Ed (Jesse Plemons), para a sucessão de problemas.
Produtor-executivo, Noah Hawley tenta repetir neste ano o feito alcançado na primeira temporada de "Fargo", quando evocou o humor negro e o suspense do filme de Joel e Ethan Coen sem copiá-lo.
No prelúdio, ele tem a chance de brincar com a linguagem da série. Em entrevista à revista americana "Variety", contou usar telas divididas e quadros congelados, ode ao cinema dos anos 1970.
Novo elenco, novo crime, nova temporada. A pensata, porém, continua a mesma: pessoas comuns, seduzidas e corrompidas pouco a pouco por um crime.
"É assim que começa, com algo pequeno", diz Karl (Nick Offerman) a Solverson no trailer da série. "Apenas assista. Isso só ficará maior."