Indústria e varejo se ajustam às medidas menores
O encolhimento dos imóveis afeta também o segmento de mobiliário, que vê a demanda por peças menores e mais funcionais aumentar no varejo.
"Essa tendência de espaços pequenos será um novo nicho de mercado", diz Henrique Tecchio, presidente do Sindmóveis (Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves). A cidade é um polo do setor moveleiro.
Para ele, empresas de móveis planejados estão preparadas para atender essa demanda, por já terem um parque fabril para peças sob medida.
No varejo, as grandes redes também procuram se adaptar a esse novo perfil de consumidor.
A pedido dos clientes, o site da Casas Bahia reduziu alguns móveis, como o sofá Simbal, que perdeu os braços e ficou mais estreito.
A preocupação com o espaço não se limita à unidade. É preciso prever se os móveis conseguirão passar por elevadores e portas.
Na loja de móveis Oppa, sofás acima de 2,10 metros são bipartidos, para que tenham mais mobilidade.