Decisão de reajuste é da estatal, afirma Mantega
O ministro Guido Mantega (Fazenda) disse nesta quarta (15) que a queda na cotação do petróleo não implica necessariamente que a gasolina e o diesel não serão reajustados neste ano e que essa é uma decisão da Petrobras.
"Embora o preço da gasolina no Brasil esteja maior agora que nos EUA, isso não quer dizer que a empresa vá deixar de fazer algum aumento."
A forte queda na cotação do petróleo eliminou a defasagem do combustível vendido no Brasil em relação ao preço que se pratica exterior.
A Petrobras era obrigada a importar o combustível a preço mais alto e a vender no país a preços inferiores, o que representou prejuízo à estatal de R$ 2,7 bilhões desde novembro de 2013, de acordo com cálculo da CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura).
Um reajuste neste momento poderia recompor essas perdas, mas seria mais um fator de pressão na inflação, que, em setembro, nos últimos 12 meses, ultrapassou o limite estabelecido pelo governo, de 6,5%.