Inflação supera as previsões desde 2010
Sob Dilma, BC erra mais que mercado
A inflação anual supera as previsões do Banco Central e dos analistas de mercado desde 2010. No governo Dilma, quando comparadas as estimativas para o IPCA (índice de preços que serve de referência para as metas do governo), os erros dos cálculos oficiais superam os dos bancos e consultorias privadas.
A política de controle inflacionário começou a ser afrouxada há quatro anos, quando a administração petista acelerou gastos públicos.
A partir daí, houve clara perda de credibilidade do Banco Central: antes, as projeções da instituição eram seguidas de perto pelo mercado e não se distanciavam da meta de 4,5%, como mostravam as pesquisas semanais realizadas com cerca de cem analistas.
No regime de metas de inflação, é fundamental a confiança de empresários e consumidores no cumprimento do objetivo fixado: preços e salários são negociados a partir dessa perspectiva.
Depois que o BC de Dilma decidiu não cumprir a meta, para não ter de elevar juros e sacrificar ainda mais a economia, as projeções perderam solidez e a política econômica perdeu eficácia --tanto que a inflação se manteve alta mesmo com a alta dos juros de 7,25% para 11% ao ano.
As projeções também mostram trajetória de elevação. Para 2015, elas variam em torno de 6,3%.