Brasil crescerá pouco até o fim da década, afirma consultoria
Economist Intelligence Unit estima que PIB do país terá alta anual de no máximo 2,6%
O crescimento anual do Brasil não deve passar de 2,6% até o fim da década. A previsão é da Economist Intelligence Unit (EIU), consultoria ligada à revista britânica "The Economist".
Embora com leitura pessimista sobre o Brasil no segundo mandato de Dilma --que considera que será "mais do mesmo"--, a consultoria tem uma previsão para 2015 maior que a de analistas brasileiros.
Para a EIU, o Brasil deve crescer 1,4% no ano que vem. A previsão central de cerca de cem analistas do país, ouvidos semanalmente pelo BC, é que o PIB deve crescer 1%.
A consultoria estima que a inflação, no primeiro ano do segundo mandato da presidente, feche o ano acima do teto da meta do governo --que é de 4,5%, com tolerância até 6,5% ao ano.
Para a EIU, o IPCA deve encerrar 2015 com alta de 6,7%. A inflação só deve voltar a ficar abaixo de 6% no ano de 2017 e não deve voltar ao centro da meta até 2019.
A previsão da consultoria é que o dólar siga em trajetória moderada, fechando 2015 aos R$ 2,40 --abaixo da cotação atual. No futuro, o dólar deve chegar a R$ 2,60 ao fim de 2017 e a R$ 2,70 em 2019.
Segundo Irene Mia, diretora para a América Latina da EIU, o Brasil tem desafios pela frente, uma vez que vai disputar com o México e outros emergentes o dinheiro de investidores globais. Essa disputa ficará mais acirrada nos próximos anos, diz ela, e os investidores ficarão mais seletivos quanto onde alocar seus recursos.
Por isso, é necessário melhorar os fundamentos da economia, a fim de que o país consiga destravar o seu crescimento.