Litoral de SP é onde se paga maior IPTU por habitante
Ilha Comprida lidera, com R$ 1.687/morador, ou 14 vezes a média nacional
Bertioga, Guarujá, Praia Grande e São Sebastião estão entre os top 10; Estado de SP e capital também lideram lista
Cidades do litoral paulista predominam nas primeiras colocações do ranking nacional do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) por habitante.
Elaborado a partir de dados de 5.000 municípios e do Distrito Federal disponíveis nas estatísticas do Tesouro Nacional, o levantamento mostra que os moradores de Ilha Comprida (SP) pagam o maior IPTU médio do país.
Foram R$ 1.687 por morador no ano passado, mais de 14 vezes a média nacional de R$ 118.
Outros quatro municípios litorâneos paulistas estão entre os dez mais taxados pelo imposto no país: Bertioga, Guarujá, Praia Grande e São Sebastião. Além disso, a cidade de São Paulo tem o maior IPTU entre as capitais, de R$ 461 por habitante, e o Estado tem a maior média do país, de R$ 273.
Previsivelmente, a receita do imposto tende a ser mais alta nas cidades mais ricas e desenvolvidas. Mas há variações nessa regra, como a elevada taxação em Campo Grande (MS), de R$ 281 por habitante --que dá ao Estado a terceira colocação no ranking nacional, desconsiderando o Distrito Federal.
DESGASTE POLÍTICO
Para os padrões internacionais de tributação do patrimônio, o IPTU arrecada pouco no país. Especialmente nas cidades mais pobres, os prefeitos evitam o desgaste político de impor alíquotas elevadas e preferem depender mais de repasses da União e do Estado.
Cerca de 500 municípios do país não aparecem no ranking. Os leitores interessados podem pedir ao blog "Dinheiro Público & Cia", da Folha, pesquisas específicas (veja o link abaixo).