Mercado aberto
MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br
Valor do aluguel de loja em shopping sobe mais no NE
O Nordeste é a região em que o preço dos aluguéis em shopping centers mais subiu no país no terceiro trimestre deste ano, segundo pesquisa da consultoria Cushman & Wakefield.
A alta foi de 7,78% em relação ao trimestre anterior. O Sudeste apresentou o segundo maior crescimento, de 7,13% no período.
"Todas as regiões apresentavam variações parecidas nos aluguéis. Com a instabilidade econômica, porém, o Nordeste despontou, pois tem muita demanda e pouco espaço disponível", diz o diretor Anthony Selman.
Em outras localidades do país, o cenário nos últimos 18 meses, favoreceu a maior entrada de locatários como restaurantes e sorveterias, segundo Selman.
Para o executivo alguns desses estabelecimentos não se instalavam em shoppings em razão dos altos custos com luva e aluguel que pesavam muito no orçamento.
O Sul, por sua vez, tem o menor valor médio de locação no país, pois o varejo da região é mais desenvolvido.
A taxa de vacância também é a maior na localidade (4,24%), enquanto o Nordeste fica com o menor percentual (2,02%). A taxa média no país foi de 3,3% no trimestre.
"É uma situação que favorece principalmente os proprietários. Somente a partir dos 5%, o inquilino consegue negociar com facilidade", explica o executivo.
Até 2016, serão lançados 12 projetos de expansão ou instalação de shoppings no Nordeste, segundo a consultoria.
TROCA DE COMANDO
O executivo Fábio Fossen assume hoje a presidência da Bridgestone do Brasil no lugar de Ariel Depascuali, que se aposentará após trabalhar por 15 anos na companhia.
Fossen era diretor de contas e operações na Cola-Cola Femsa Mercosul e Brasil.
Formado em engenharia mecânica pela USP e com mestrado em administração pela Universidade de Michigan (EUA), o executivo passou também pela Booz Allen & Hamilton, pela Mercer e pela Automotiva Sachs.
A Bridgestone está ampliando suas operações no país. Até maio de 2015, deverá concluir a expansão da fábrica de Camaçari (BA).
Após receber US$ 63 milhões (em torno de R$ 155 milhões) em investimentos, a unidade terá capacidade para produzir cerca de 10 mil pneus por dia.
Na planta de Santo André (SP), estão sendo injetados US$ 14 milhões (R$ 35 milhões) para dobrar a capacidade de fabricação.
A multinacional japonesa tem hoje 3.700 funcionários no Brasil.
Trabalho sem risco A Luvas Yeling, fabricante de produtos para proteção de mãos e braços no trabalho, investirá R$ 12 milhões para construir uma planta em Rio Negro (PR). A empresa tem sede em Curitiba.
No forno A Metalúrgica Rodriaço, especializada em cozinhas industriais, está instalando uma fábrica em Fazenda Rio Grande (PR), onde já tem um centro de distribuição. Serão investidos R$ 10 milhões no projeto.
Amplificado Com cerca de R$ 11 milhões, a italiana Amplifon, de aparelhos auditivos, adquiriu 51% da brasileira Direito de Ouvir. A Amplifon já atua em outros 22 países, como França, Egito, Polônia, Israel, EUA, Austrália e Índia.
Pit stop A rede de churrascarias Fogo de Chão espera um incremento nas vendas durante esta semana por causa do GP Brasil de Fórmula 1. Em anos anteriores, o consumo de carne nas unidades paulistanas avançou 40%.
NOEL COM MAIS SOTAQUES
A Cecilia Dale, especializada em decorações de Natal para shopping centers, entrou neste ano no Nordeste e no Centro-Oeste. A empresa fechou contratos com centros de compras em Goiânia, Recife e Salvador.
"Há dois anos, nós já avaliávamos atuar nessas regiões, mas ainda não tínhamos uma equipe suficiente para isso", afirma Cecilia Dale, dona do grupo que leva o seu nome.
Apesar dos novos mercados, o número de projetos da empresa neste ano (23) em todo o país será praticamente igual ao de 2013.
"O ano começou com muita indecisão. Em janeiro, que geralmente é um mês muito movimentado, só tínhamos fechado com dez shoppings", diz.
"Depois, nos meses seguintes, o negócio começou a engrenar e até houve um descolamento em relação ao quadro de preocupação com a economia do país."
Neste ano, a marca também ampliou a rede de lojas próprias, que vendem objetos de decoração, com novas unidades em São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará.
250
é o total de funcionários próprios da empresa
17
são as lojas da marca
NATAL AMPLIADO
A Cipolatti, que faz decoração natalina para shopping centers e espaços corporativos, ampliou em dois dígitos os contratos fechados neste ano.
O faturamento, no entanto, deverá crescer em um ritmo menor --cerca de 6%.
"Alguns shoppings deram uma espremida [no orçamento] e optaram por fazer apenas uma bela decoração central", diz a empresária Conceição Cipolatti.
"Por outro lado, nenhum shopping abriu mão da decoração, mesmo com esse freio na economia. O fim do ano é o momento de alavancar as vendas, não tem como passar em branco."
Os contratos neste ano foram definidos mais tarde, por causa da Copa, o que causou correria no segundo semestre, diz Conceição.
Depois de um incêndio em janeiro, que destruiu a fábrica de Taboão da Serra (SP) e materiais da empresa, a Cipolatti também precisou ampliar as compras. "O investimento em importações quadruplicou."
O grupo tem cerca de 150 projetos de decoração.
9.600
é o número de árvores de Natal nos projetos da marca
350
são os funcionários diretos da empresa
PROTEÇÃO adicional
A Mapfre lança um seguro residencial com cobertura para carro, obra de arte e escritório em casa.
O produto também inclui conserto de eletrodomésticos (com até cinco anos de uso) e franquia de automóvel, limitada a R$ 5.000.
"As coberturas são modulares e podem ser contratadas conforme as necessidades do segurado, a partir do plano básico", diz Jabis Alexandre, diretor-geral de massificados do BB Mapfre.
"Um exemplo é a assistência em caso de dano no carro e na garagem de casa, durante a manobra do automóvel no imóvel segurado." Na Liberty, a apólice também cobre eletrodomésticos. A empresa tem uma proteção adicional de responsabilidade civil: o segurado terá o reembolso da despesa médica se seu animal de estimação causar ferimentos em vizinhos.
A HDI, por sua vez, tem seguro para carro com assistência para a casa (inclusive "home office" e eletrodomésticos), além de um plano que une seguro auto e residência, de apólices separadas.
Na Zurich, o residencial tem proteção para computadores (do escritório caseiro) e para eletrodomésticos, mas não disponibiliza coberturas para automóveis.
Além do básico, a Chubb tem garantias contra morte acidental e invalidez permanente por acidente de empregado, impacto de veículos, entre outras coberturas.