Mercado aberto
MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br
Empresa faz residencial com piscina de onda em SC
Mesmo em meio ao cenário de estagnação do setor imobiliário, a incorporadora Procave, de Santa Catarina, desenvolve dois empreendimentos de luxo no Estado que demandarão, juntos, R$ 700 milhões em investimentos.
O maior projeto é de um complexo na praia Brava, em em Itajaí (a cerca de 100 km de Florianópolis), que inclui um shopping com 70 lojas, uma escola, um edifício empresarial e um condomínio residencial com 14 torres.
O empreendimento, no qual serão aportados aproximadamente 70% dos recursos totais, terá ainda um parque aquático com praia artificial e ofurôs.
"O mercado deu uma enxugada. Por isso, tentamos lançar projetos diferentes", diz o presidente da empresa, Nivaldo Pinheiro.
"Nosso objetivo é trabalhar em regiões onde o cliente possa conciliar lazer, moradia e desenvolvimento de negócios", acrescenta.
O outro projeto, de R$ 200 milhões, engloba duas torres residenciais de 50 andares em Balneário Camboriú.
"Optamos por realizar poucas, mas grandes obras."
Com piscinas, salão de festas, cinema e parques na área comum, cada imóvel custará entre R$ 3 milhões e R$ 6 milhões, segundo o empresário.
"Ali, os apartamentos são mais caros porque a cidade é muito ocupada. Os terrenos costumam ser menores e mais valorizados."
No empreendimento de Itajaí, os preços variam de R$ 1,9 milhão a R$ 3,5 milhões.
No começo do ano, a Procave já havia anunciado um complexo comercial de R$ 130 milhões, com hotel e salas para escritórios, também em Itajaí.
R$ 500 milhões
serão demandados pelo maior empreendimento da incorporadora
O QUE EU ESTOU LENDO
Eduardo Mufarej, CEO da Tarpon
Eduardo Mufarej, que comanda a Tarpon Investimentos, chegou ao terceiro volume da biografia escrita por Lira Neto "Getúlio - Da Volta pela Consagração Popular ao Suicídio (1945-1954)" [Companhia das Letras, 430 págs.].
A obra do jornalista cobre o período que vai da deposição do presidente por golpe militar em 1945 até o seu suicídio em 1954.
"É o livro em que o autor trata da saída, da consagração e da morte do Getúlio", afirma Mufarej.
"Acredito que o que o Lira Neto relata tenha muita semelhança com o tipo de política que ainda temos no país nos dias de hoje. Acho que o Brasil não evoluiu", acrescenta o executivo.
JOIA REVISADA
A rede de joalherias Pandora revisou seu plano de expansão no Brasil, após comprar o controle da operação no país.
A nova previsão é chegar a 70 unidades até 2015, quase o dobro das que estão em funcionamento. A estratégia inicial projetava 50 lojas até o ano que vem.
Antes, a marca era administrada no Brasil por meio de uma franqueada, a espanhola City Time.
"Com a transição, conseguimos acelerar o crescimento no país, uma vez que agora trabalhamos em contato direto com a matriz", afirma Rachel Maia, presidente da Pandora no Brasil.
Hoje, são 33 lojas, das quais 21 próprias e 12 franquias. Até o final deste ano, serão abertos mais dois pontos, um no Grande ABC e outro em Goiânia.
Para 2015, estão previstas 35 novas joalherias em Estados como Piauí, Sergipe, Mato Grosso, Espírito Santo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Pará.
"Em cidades menores, a preferência é por franquias, pois o interior tem características próprias e quem é de lá tem mais conhecimento do que nós."
O investimento para a abertura de uma unidade da Pandora varia entre R$ 1 milhão e R$ 2,5 milhões.
PRATAS DA CASA
Japoneses e americanos são os que mais desaprovam a compra de empresas de seus países por companhias estrangeiras, segundo pesquisa feita pelo Pew Research Center com moradores da região Ásia-Pacífico.
Os chefes de Estado dos 21 países que compõem a Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec, na sigla em inglês) se reúnem nesta semana em Pequim.
No Japão, apenas 17% dos entrevistados acreditam que a aquisição de grupos locais é algo bom. O percentual nos Estados Unidos é de 28%.
Entre os três países latino-americanos que integram o grupo, México, Chile e Peru, a aprovação é de 50%, 53% e 59%, respectivamente.
Quando a questão é a construção de fábricas por multinacionais do exterior, porém, a aceitação é mais alta tanto no Japão (58%) como nos Estados Unidos (75%).