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MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br
Norte-Sul terá de se unir a outras ferrovias, afirma CNI
A ferrovia Norte-Sul, a maior em construção do país, só será competitiva se seus trilhos forem integrados a outros projetos ferroviários, indica estudo da CNI.
Sob o controle da Valec (estatal de ferrovias), a Norte-Sul está em obras desde a década de 1980 e poderá chegar a uma extensão de 4.197 quilômetros de trilhos que passarão por nove Estados.
Ao longo desse traçado, a interligação com as ferrovias Transnordestina e FIOL (Integração Oeste-Leste) será a mais estratégica, afirma a pesquisa da confederação.
"Essa será a saída mais barata para exportar a produção do agronegócio que está cada vez maior e se enraizando pelo Nordeste", analisa Wagner Cardoso, gerente de infraestrutura da CNI.
Juntas, as três ferrovias poderão exportar commodities utilizando cinco portos diferentes: Vila do Conde (PA), Itaqui (MA), Pecem (CE), Suape (PE) e Ilhéus (BA).
O estudo, no entanto, não traça uma projeção da quantidade de produtos que será escoada pelas três ferrovias.
Cita apenas que entre Açailândia (MA) e Barcarena (PA), um trecho de 457 km da Norte-Sul, deverão circular 14,3 milhões de toneladas de produtos até 2023.
No momento, dos sete trechos previstos da Norte-Sul, apenas o localizado entre as cidades de Açailândia (MA) e Palmas (TO) está em operação, sob concessão da Vale.
"A obra gerou questionamentos socioambientais e de gestão. Pronta, vai tirar o país do atraso", diz Cardoso.
SUTIÃ FORA DE LINHA
A rede Outlet Lingerie, de roupas íntimas, planeja abrir 55 lojas em 2015. Hoje, são 102 pontos em 25 Estados.
A expansão não vai ocorrer em uma região específica do país, mas a empresa pretende manter o seu perfil de priorizar franquias de rua.
"Só vamos para shoppings que não tenham lojas das marcas que são nossas fornecedoras", diz Maurício Michelotto, fundador e presidente do grupo. "Nós não queremos causar uma concorrência agressiva", afirma.
A empresa surgiu em 2008 para comercializar lingeries de coleções passadas, que ficavam encalhadas nos estoques dos fabricantes.
Hoje, no entanto, 50% das peças vendidas já são produzidas pelos fornecedores com exclusividade para a rede. "As fábricas utilizam produtos descontinuados, como tecidos de coleções anteriores, o que também garante preço menor."
As peças são vendidas com descontos a partir de 30%, segundo ele. O tíquete médio é de cerca de R$ 150.
Com a abertura de novas lojas, a empresa projeta um faturamento 60% superior neste ano, em relação a 2013.
Na comparação com a mesma base de unidades, porém, as vendas devem ficar estagnadas. "É reflexo da economia, do varejo fraco."
35 foram as lojas abertas pela marca em 2014
12 são as unidades próprias, todas na cidade de São Paulo
DANÇA DAS CADEIRAS
Com o objetivo de criar um ambiente de colaboração entre os funcionários, a P&G aboliu o local de trabalho fixo em seu novo escritório. Nem o presidente, Alberto Carvalho, tem sua própria mesa.
Há menos de um mês, a multinacional mudou de endereço em São Paulo. No novo prédio, onde ocupa cinco andares e 8.665 m2, os funcionários sentam-se onde querem.
"A ideia é dar mais agilidade ao trabalho", diz Carvalho.
Cada andar concentra uma área da empresa, mas os colaboradores são livres para trabalhar no piso que acharem melhor.
"São espaços menos formais criados para estimular a criatividade e fomentar a colaboração entre as pessoas", afirma Gabriela Onofre, diretora da empresa.
"Ainda estamos em fase de adaptação. Muita gente que personifica o local, com fotos, por exemplo, estranha. Mas, mais para frente, faremos uma pesquisa de satisfação."
O número de baias diminuiu de 949 para 557, mas há outros 400 lugares em salas de reuniões, em balcões com banquetas e em mesas no café. As salas de reuniões (algumas para três ou quatro pessoas) passaram de 86 para 97.
Outra novidade foi a introdução de armários, nos quais os funcionários podem deixar seus pertences, e de uma sala para manicure.
O modelo do escritório já é adotado pela empresa em Pequim e em Toronto.