Liminar barra injeção financeira em Santo Antônio
Cemig e Andrade Gutierrez se recusam a pagar R$ 174 milhões a consórcio construtor
A Cemig e a Andrade Gutierrez (AG) conseguiram uma liminar que barra o aumento de capital aprovado em 21 de outubro pelo conselho da Santo Antônio Energia, concessionária responsável pela usina de mesmo nome no rio Madeira (RO).
Segundo comunicado feito pela Santo Antônio nesta segunda-feira (24), as sócias obtiveram a liminar na sexta (21), impedindo a injeção de R$ 1,59 bilhão na companhia.
A Folha apurou que as sócias se recusam a pagar as partes que lhes cabem (R$ 174,72 milhões, somadas) da parcela de R$ 700 milhões ao consórcio construtor, pois este atrasou a entrega da obra em relação ao cronograma válido na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
A Andrade Gutierrez é a segunda maior sócia no consórcio construtor --a maior é a Odebrecht. A proposta aprovada pela diretoria da Santo Antônio e alvo da ação judicial foi a diluição do capital de Cemig e Andrade Gutierrez na companhia.
Procuradas, as companhias afirmam que irão se pronunciar apenas por meio de comunicados ao mercado financeiro.