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Cenário não é igual ao do fim dos anos 1990
O cenário atual dos países emergentes tem similaridade com o do período 1997-1998 (época das crises asiática e russa), mas também há grandes diferenças, dizem analistas.
A maioria dos emergentes asiáticos, por exemplo, tem taxas de câmbio livres, hoje, enquanto no passado eles usavam taxas fixas.
Os bancos centrais também contam com mais reservas cambiais e linhas de crédito com outros BCs, que lhes dão acesso a maior volume de dólares.
Mesmo a Rússia, que gastou parte das suas reservas para proteger o rublo, ainda tem uma das maiores do mundo, com US$ 416 bilhões --a do Brasil é de US$ 375 bilhões.
Os governos dos países também não estão tão endividados em dólar como naquele período.
Entre os emergentes asiáticos, apenas a Indonésia e a Índia operam com deficit em conta-corrente.
Além disso, mesmo com o recente aumento de juros, as taxas nos emergentes estão abaixo daquelas vividas no fim dos anos 1990. No Brasil, a taxa naquele período estava em 29%, ante os atuais 11,75% ao ano.
Uma das semelhanças entre os dois períodos é que o aumento de juros pelo Fed (BC dos EUA) levou à fuga das moedas de asiáticos e ao calote russo no fim do anos 1990. Agora existe a expectativa de elevação na taxa, a primeira desde 2006.