Executiva brasileira será a número 3 do FMI
Carla Grasso, ex-Vale, comandará a área administrativa da instituição a partir do dia 2
A brasileira Carla Grasso será a nova diretora-geral-adjunta e diretora administrativa do Fundo Monetário Internacional (FMI). A executiva foi indicada nesta quarta (14) pela chefe da instituição, a francesa Christine Lagarde, e assumirá em 2 de fevereiro.
Grasso foi vice-presidente da Vale na gestão Roger Agnelli e coordenadora-executiva do plano de governo do tucano Aécio Neves, candidato derrotado à Presidência.
O cargo é novo na estrutura do Fundo e Grasso será sua primeira ocupante. Cuidará da estrutura operacional interna da instituição, de recursos humanos à tecnologia, passando por auditorias internas e serviços gerais.
A posição é considerada a número 3 do FMI, que tem mais dois diretores-adjuntos.
Grasso, que também tem cidadania italiana, trabalhou na Vale por 14 anos, logo após a privatização, e foi vice-presidente de 2001 a 2011.
"Carla traz uma liderança notável, pensamento estratégico e forte conhecimento de gerenciamento operacional", disse Lagarde em nota. "Conduzimos uma extensa busca global para achar alguém para essa nova posição-chave."
Grasso trabalhou em várias funções no governo Fernando Henrique Cardoso e atualmente era professora do Insper, em São Paulo.
Em nota à imprensa, a executiva se disse "empolgada" por retornar a Washington e ao Fundo, onde trabalhou no início de sua carreira.
"Estou muito ansiosa [...] para ajudar a fortalecer ainda mais a instituição em um momento em que ela deve responder às necessidades de uma economia mundial em rápida transformação e às de todos os países membros."