Mercado aberto
MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br
Companhias paulistas de call centers demitem 17 mil funcionários em 2014
O setor de call center estima que o mercado paulista tenha fechado 17 mil postos de trabalho no ano passado, segundo o Sintelmark (sindicato que representa as empresas do Estado).
A projeção é que 2014 tenha encerrado com 576,3 mil funcionários, 3% a menos que o registrado em 2013.
"Nos dois últimos anos, a fiscalização da Lei do SAC [que garante atendimento rápido e gratuito ao consumidor] foi mais incisiva", afirma Stan Braz, diretor-presidente-executivo da entidade.
"As empresas acharam que a solução para se enquadrar a ela seria internalizar os serviços de call center."
Para este ano, o executivo acredita que as contratações devam voltar a crescer.
"As empresas estão percebendo que o fato de internalizar ou terceirizar o atendimento não o torna mais ou menos ágil. Existem pacotes de serviços [de telemarketing] básicos e completos, cabe à empresa contratar o mais adequado", diz o executivo.
O número de pontos de atendimentos também caiu 4% no período, de acordo com projeção do setor.
Em 2013, eram 288 mil unidades em funcionamento.
"O desempenho da categoria neste ano dependerá muito das medidas que serão tomadas pelo governo federal. Se elas refletirem no consumo do país, certamente vão repercutir na atividade de telemarketing", diz Braz.
USADO PROTEGIDO
O crescimento na venda de seguros para veículos usados ajudou a puxar os negócios da corretora on-line Minuto Seguros no ano passado. O segmento é o carro-chefe da empresa, que avançou 75% em 2014.
"Nosso clientes têm veículos com uma idade média de cinco anos, praticamente não vendemos seguros para zero quilômetro, por isso não sentimos [a queda do setor automobilístico]", afirma o CEO, Marcelo Blay.
"No Brasil, quem vende seguro para carros zero são as próprias concessionárias", diz ele, que é neto do fundador da Porto Seguro.
Outro segmento que cresceu acima da média é o de benefícios --seguros de vida e planos de saúde-- para pequenas e médias empresas.
"Os grupos têm ampliado a oferta de benefícios, até como forma de não perder a mão de obra qualificada."
Para 2015, a corretora vai investir em infraestrutura, como a migração para um sistema de computação em nuvem. O quadro de funcionários será ampliado em 40%, de acordo com Blay.
80%
é a participação do seguro de veículos na carteira da empresa
25% A 30%
é a estimativa de crescimento do grupo neste ano
300
são os funcionários da corretora
HABILIDADES APERFEIÇOADAS
Melhorar habilidades institucionais e individuais estão entre as três principais prioridades de metade das empresas consultadas pela McKinsey para uma pesquisa sobre o assunto.
Na Índia e na China, essa parcela é maior. Chega a 62% e 58%, respectivamente.
De acordo com a consultoria, companhias que crescem rapidamente nesses países costumam enfrentar problemas decorrentes da falta de habilidades.
As demandas dos consumidores são, segundo 51% dos ouvidos, as maiores norteadoras das empresas na hora de se decidir quais capacidades serão aperfeiçoadas.
Em seguida, aparece a importância estratégica da habilidade, com 47%.
A McKinsey considera habilidades institucionais os métodos e ferramentas que as companhias utilizam para atingir bons resultados. As individuais referem-se a treinamento e aprendizagem.
Ao todo, 1.448 executivos foram entrevistados.
LISTA DE RECEIOS
A preocupação da população britânica com a economia registrou uma queda de 13 pontos percentuais em 2014 na comparação com o ano anterior, aponta levantamento da consultoria Ipsos.
O índice recuou de 47% para 34% no período --a maior retração entre os dez principais segmentos analisados.
Com isso, a economia deixou a liderança do ranking, que passou a ser ocupada pelas questões relacionadas à imigração, com 38%.
Entre os idosos, o receio quanto à imigração é de 49%, o maior percentual registrado entre os entrevistados.
A terceira preocupação britânica está direcionada à saúde, com 27%, puxada pela população com faixa etária de 45 a 54 anos.
O desemprego apareceu na quarta posição, com 26%. A desigualdade social, na quinta colocação, atingiu índice de 15%, segundo a Ipsos.
A consultoria entrevistou 10 mil britânicos.
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