Defasagem na tabela é de 64,3%, afirma sindicato
Os contribuintes estão pagando mais IR do que devem. São dois os motivos: nos últimos anos, a tabela de desconto na fonte vem sendo corrigida por índices abaixo da inflação; e, neste ano, especificamente, a tabela ainda não foi corrigida.
A falta de correção da tabela ocorreu porque em agosto a MP nº 644, que corrigia os valores em 4,5%, perdeu validade.
No fim de 2014, o Congresso aprovou a correção da tabela em 6,5%, mas Dilma Rousseff vetou o reajuste no início deste ano.
O governo prometeu que vai enviar nova MP ao Congresso corrigindo a tabela em 4,5% (centro da meta de inflação). Se isso ocorrer, o limite de isenção subirá de R$ 1.787,77 para R$ 1.868,22.
Enquanto a correção não é feita, os contribuintes pagam mais.
Estudo do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) mostra que a defasagem na correção da tabela está em 64,3% nos últimos 19 anos (entre 1996 e 2014, a tabela foi corrigida em 98,6%, enquanto o IPCA subiu 226,3%). Para zerar essa defasagem, o limite de isenção teria de ser de R$ 2.937,30.