Mercado aberto
MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br
Setor de brinquedos projeta alta para 2015
Mesmo diante de entraves como crise energética, retração do consumo e elevação de impostos, o mercado brasileiro de brinquedos deverá avançar neste ano.
A meta é que o faturamento do varejo e das fabricantes cresça entre 15% e 26,5% na comparação com 2014. No ano passado, a expansão ficou em 10,7%, segundo estimativa da Abrinq (associação dos fabricantes).
A redução de 2% a 2,5% no preço dos produtos (decorrente de um ganho de escala) e a elevação no número de lançamentos favoreceram o setor, de acordo com a entidade.
O mercado costuma ter 4.500 modelos. Em 2014, foram introduzidos 1.200 itens novos, sendo que a média anual é de 800.
Apenas a Estrela, que registrou alta de 49% na receita com vendas nos nove primeiros meses de 2014, lançou 158 brinquedos --uma renovação de 40% de seu portfólio.
"Lançamos 20% a mais que a média histórica porque estávamos com receio do efeito da Copa. Neste ano, devido ao cenário econômico difícil, vamos repetir a estratégia", afirma o presidente da empresa, Carlos Tilkian.
O executivo projeta para 2015 uma alta real de 10% no faturamento. O dólar mais caro deve fazer com que a companhia reduza a parcela de importados de 35% para algo entre 30% e 25%.
"Esperamos uma queda de mais de 25% nas importações, o que favorecerá o mercado nacional", acrescenta o presidente da Abrinq, Synésio Batista da Costa.
à procura dos produtivos
Em razão da crise econômica, profissionais com capacidade de aumentar a eficiência operacional dos negócios serão 30% mais demandados pelas companhias no primeiro trimestre deste ano ante o mesmo período de 2014, indica estudo da recrutadora Page Personnel.
"Em vez de contratar mais, as companhias estão substituindo seus quadros por gente mais capacitada, que sabe produzir com menos recursos", diz Ricardo Haag, diretor da companhia.
Na sondagem, figuram nove cargos entre os mais demandados nas áreas de tecnologia da informação, indústria, varejo e serviços.
Analistas em big data (que processam grande volume de dados computacionais) e especialistas em logística serão 50% e 40%, respectivamente, mais procurados pelas empresas no período.
"São posições que mexem com toda a organização da companhia. Hoje, sobram vagas e falta gente especializada nesses cargos", diz.
"No geral, percebemos neste ano uma demanda por carreiras não tradicionais e novas", completa Haag.
No primeiro trimestre de 2014, o mesmo estudo apontou maior busca por profissionais da área comercial.
Rede de lojas de SC vai investir R$ 250 milhões para se expandir
A rede de lojas de departamento Havan, de Santa Catarina, vai investir cerca de R$ 250 milhões para abrir sete novas unidades.
As inaugurações se concentrarão no interior dos Estados de Rondônia, Minas Gerais, Mato Grosso, Espírito Santo e Paraná.
O investimento médio em cada ponto é de R$ 35 milhões, com algumas variações. Na unidade de Lucas do Rio Verde (MT), por exemplo, com lançamento previsto para o primeiro semestre de 2015, serão aportados cerca de R$ 40 milhões.
As cidades de Uberaba (MG), Juiz de Fora (MG), Barra do Garças (MT), Linhares (ES) e Pato Branco (PR) também deverão receber uma nova operação ainda nos próximos cinco meses.
A unidade de Cacoal (RO), por sua vez, entrará em funcionamento no segundo semestre do ano.
Os municípios foram escolhidos por serem polos regionais. Em Rondônia, Mato Grosso e Paraná, por exemplo, a empresa está presente nas capitais e agora foca em cidades menores.
As lojas terão aproximadamente de 15 mil m² de área construída e 500 vagas de estacionamento. Serão gerados ao todo 1.400 empregos.
86
é o número de unidades da Havan em funcionamento
12
é a quantidade de Estados em que a empresa está presente
15 mil
é o volume de pessoas que o grupo emprega no país
200
são os empregos diretos gerados em cada unidade
28
são as lojas em operação em Santa Catarina, a maior concentração da Havan
R$ 35 milhões
é o investimento médio realizado para abrir uma loja da rede
Dinheiro... A Desenvolve SP (agência de fomento) financiou R$ 70,6 milhões numa linha de crédito para prefeituras paulistas em 2014. Os recursos foram utilizados para recapear ruas e construir distritos industriais.
...em obras O montante é quase 170% superior ao desembolsado no ano anterior: R$ 26,2 milhões. Em cinco anos de operação, a linha de crédito liberou aproximadamente R$ 218 milhões para as administrações paulistas.
Injeção O Equador vai firmar um acordo com o governo brasileiro para implantar um programa semelhante ao Farmácia Popular, que oferece medicamentos gratuitos ou com até 90% de desconto.
CONFORTO NA CLASSE EXECUTIVA
A Singapore Airlines obteve a melhor pontuação na avaliação das classes executivas de companhias aéreas globais, segundo um estudo da Skift, empresa de inteligência especializada no segmento de viagens.
A pesquisa levou em consideração 13 critérios, como espaço das poltronas, refeições, conforto, design e ambiente favorável ao trabalho durante o voo.
A Singapore obteve um total de 118 pontos, em uma escala na qual números mais altos representam melhores níveis de avaliação.
A companhia formada pela união entre a aérea chilena LAN e a brasileira TAM registrou 61 pontos e foi a única da América Latina a aparecer na lista.
O grupo obteve melhor desempenho na avaliação do jantar oferecido aos passageiros, do entretenimento a bordo e de regalias disponíveis para os viajantes.
No "top 10" do ranking, além da Singapore, aparecem mais duas empresas da região Ásia-Pacífico: Japan Airlines e Asiana (Coreia do Sul).
Europa (Virgin Atlantic, Iberia e Air France) e Oriente Médio (Qatar Airways, Etihad e Emirates) também colocaram três companhias de cada região entre as melhores.