Mercado aberto
MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br
Terminal de contêineres do RS será expandido
O Tecon Rio Grande, terminal de contêineres da Wilson Sons no Rio Grande do Sul, investirá US$ 40 milhões (aproximadamente R$ 113 milhões) neste ano em novos equipamentos de cais e de pátio, como 11 guindastes.
A empresa também projeta um outro aporte, cujo valor ainda não foi definido, para ampliar seus três berços de atracação. As estruturas têm hoje 300 metros cada uma e passarão para 400 metros. Essas obras deverão começar em 2016.
"Sabemos que o momento da economia do país é delicado e acompanhamos com muita cautela o cenário, mas essa situação não inviabiliza os investimentos que estamos programando", afirma o diretor-presidente do Tecon Rio Grande, Paulo Bertinetti.
No ano passado, a empresa movimentou 687,1 mil TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) --alta de 6,1% na comparação com 2013.
Entre os principais motivos para a expansão está a transferência das operações de transbordo de mercadorias argentinas dos portos do Uruguai para o de Rio Grande.
No fim de 2013, o governo de Cristina Kirchner proibiu que essas operações ocorressem em Montevidéu para tentar elevar a movimentação nos portos argentinos.
A medida também foi vista como represália após o Uruguai permitir o aumento de produção de celulose em uma fábrica instalada na fronteira entre os dois países. Por questões ambientais, a Argentina era contra a planta.
MAIS LINHAS
A Tel, empresa de call centers com sede em Salvador, vai construir três novas unidades nos Estados de São Paulo e Bahia.
Com um investimento de R$ 45 milhões, as operações serão instaladas em São José do Rio Preto (SP), Itabuna (BA) e Juazeiro (BA).
Cada local acrescentará à rede da companhia mil novas posições de atendimento, de acordo com o CEO, Roberto Ribeiro.
A expansão permitirá ao grupo atender ao crescimento dos serviços tradicionais, como a recepção de chamadas de clientes de bancos e de telefonia, além de diversificar a sua estrutura.
"Em paralelo aos novos centros, vamos criar uma empresa de tecnologia dentro do grupo para o desenvolvimento de outros canais, como aplicativos para tablets e smartphones", diz Ribeiro.
As cidades escolhidas para as unidades têm características que auxiliam na captação de mão de obra. "Elas possuem mais de 200 mil habitantes e boas bases de universidades", afirma.
7
são os centros atuais, em Bahia, Tocantins, São Paulo e Distrito Federal
R$ 15 milhões
é o aporte em cada unidade
12 mil
será o número de funcionários do grupo após a expansão
MULHERES NA FRENTE
Embora ainda sejam minoria no comando de micro e pequenas empresas, as mulheres se capacitaram mais que os homens, de acordo com um estudo do Sebrae em parceria com o Dieese.
Em 2014, 55% das mulheres empreendedoras tinham ao menos iniciado o ensino médio, um avanço de 16 pontos percentuais na comparação com dez anos atrás.
Entre os homens, o percentual ficou em 38,5% --o público masculino evoluiu 12 pontos no período.
"O avanço das mulheres puxou de forma mais rápida a melhora do nível de escolaridade dos donos de negócios no país", diz o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.
As empresárias também procuram mais o curso superior. Hoje, 19% delas pelo menos iniciaram uma faculdade. Entre os homens, o percentual cai para 12%.
"Essa capacitação é fundamental para a sustentabilidade dos empreendimentos no longo prazo", diz Barretto.
A pesquisa mostrou ainda que a presença do público feminino no comando de micro e pequenas empresas cresceu em 25 Estados. A maior proporção de empreendedoras está na região Sudeste (32%).
NÚMEROS DO EMPREENDEDORISMO
55%
são as mulheres que ao menos iniciaram o ensino médio
38,5%
são os homens que pelo menos começaram o 2º grau
19%
é a fatia de empreendedoras que ao menos iniciou um curso de graduação
32%
é a proporção de mulheres donas de negócios no Sudeste