Outro lado
Concessionárias afirmam que seguem as normas do governo
As concessionárias dizem seguir as regras do governo na escolha de trechos a duplicar e que investiram R$ 1,2 bilhão para melhorar as vias.
A Agência Nacional de Transporte Terrestre, responsável pelas concessões, afirma que os trechos em execução "já possuíam licenciamento ambiental em andamento (...), fator que influenciou na escolha".
Segundo a agência, as empresas cumprem as obrigações. A ANTT analisa propostas das concessionárias para minimizar os acidentes que vão além da duplicação.
A MS Via, empresa da CCR que administra a BR-163/MS, diz que os trechos foram definidos para atender aos parâmetros dos ministérios do Meio Ambiente e dos Transportes. Segundo a empresa, trechos com mais tráfego não atendiam a esses parâmetros, e, nas áreas que não estão em duplicação, estão sendo feitas melhorias na segurança.
A Odebrecht Transport, que administra a BR-163/MT, informa que escolheu área próxima à região metropolitana de Rondonópolis pela importância logística e a maior densidade de tráfego. Nessa concessão, diz, a duplicação nas áreas mais congestionadas é responsabilidade do governo federal.
A Triunfo, que administrará as BRs 060/153/262, afirma que escolheu "trechos em que o tempo de execução da obra pudesse ser otimizado de modo a garantir o cumprimento do contrato" e realiza melhorias no restante da estrada, como a terceira faixa de Anápolis a Goiânia (GO).
A MGO, da BR-050, diz que usou como critério trechos com menor impacto ambiental e urbano, e que outras obras vão melhorar o tráfego e a segurança. A Via 040, da BR-040, afirma ter seguido portarias do governo que definiam as áreas prioritárias.