Movimento ganha força nos Estado do Sul
As propostas do governo federal para pôr fim à crise não surtiram efeito no Sul, onde o movimento cresce. Caminhoneiros reclamam que não se sentiram representados na reunião de quarta-feira (25) em Brasília, afirmam que não têm liderança e prometem mais bloqueios.
Presente na reunião, a CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos) se apresenta como principal articulador dos autônomos, que representam cerca de metade dos caminhões parados, com 60 sindicatos e três federações.
No entanto, a confederação não possui representantes de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A falta de interlocutor oficial entre os caminhoneiros e o governo federal é decorrente de um desgaste na relação entre autônomos e sindicatos e associações, diz Odi Antônio Zani, um dos representantes do movimento em Palmeira das Missões (RS).
"Somos autônomos e ninguém é líder de nada. Toda vez que houve negociação entre o governo e o sindicato, eles [sindicalistas] se venderam", afirmou Zani.
Segundo ele, o movimento no Sul não é apenas de caminhoneiros: está ganhando a adesão da população, do comércio e de agricultores, que têm suas próprias queixas, sobretudo quanto à alta no preço do combustível.
Na manhã desta sexta-feira, agentes da tropa de choque da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e homens da Força Nacional usaram bombas de gás lacrimogêneo para desbloquear um trecho da BR-101 no município gaúchas de Três Cachoeiras (RS). Duas pessoas foram presas, e ninguém ficou ferido.