Fundo britânico vai liderar ação contra estatal
O fundo de pensão de professores e pesquisadores USS (Universities Superannuation Scheme), do Reino Unido, foi escolhido pelo juiz Jed Rakoff para liderar a ação coletiva contra a Petrobras nos EUA.
De acordo com uma petição protocolada na Corte de Nova York, o fundo --que administra cerca de US$ 69 bilhões em recursos de 300 mil membros-- teve prejuízo de US$ 84 milhões em seus investimentos na estatal.
O investidor líder é quem vai tomar as decisões envolvidas no processo e, se for o caso, negociar um acordo com empresa.
A ação, que reúne as cinco protocoladas desde dezembro, pode levar anos.
Qualquer investidor que tenha aplicado em ADRs (recibos de ações da companhia na Bolsa de Nova York) ou em títulos de dívida da Petrobras entre janeiro de 2010 e novembro de 2014 pode se beneficiar do resultado do processo, mas só o líder participa ativamente dele.
PREJUÍZO SOMADO
Havia nove interessados em liderar a ação. Juntos, os prejuízos desses acionistas somam até US$ 527,7 milhões, segundo a Bloomberg.
Também disputavam a liderança a gestora Skagen, da Noruega, e o Danske Bank, da Dinamarca, com até US$ 267 milhões de prejuízo, e um grupo de fundos de pensão de servidores dos Estados de Ohio, Idaho e do Havaí, com até US$ 127 milhões.
A brasileira Daniela Silva, moradora de Miami com perdas de US$ 266 mil, pediu para se juntar ao líder da ação para representar os investidores individuais, mas foi deixada de fora pelo juiz.