Outro lado
Companhias descartam irregularidades
Contactadas pela Folha, as empresas que estão na mira da Polícia Federal negaram irregularidades no esquema de compra de sentenças no Carf.
A RBS informou que desconhece a investigação e negou qualquer ilegalidade em suas relações com a Receita Federal. A empresa acrescentou que confia na atuação das instituições responsáveis pela apuração para o devido esclarecimento dos fatos.
A Mundial disse desconhecer a informação e não ter nada a se pronunciar.
A Gerdau disse que não foi contatada por nenhuma autoridade pública e que possui rigorosos padrões éticos na condução de seus pleitos junto aos órgãos públicos.
A Mitsubishi não irá se manifestar, neste momento, em relação ao caso.
O Santander informou que tomou conhecimento do caso pela imprensa e acrescentou que sua defesa é sempre apresentada de forma ética e em respeito à legislação. "Informamos, ainda, que estamos à disposição dos órgãos competentes para colaborar com qualquer esclarecimento necessário."
O Bradesco informou que não irá se pronunciar.
A Ford não respondeu até a conclusão desta edição. As empresas JG Rodrigues, Café Irmãos Júlio e Cimento Penha não foram localizadas pela reportagem.
O Bank of America, que vendeu a operação latino-americana do BankBoston para o Itaú, também não se pronunciou. Na operação, o Itaú ficou apenas com os clientes e as agências; o nome BankBoston, os créditos e os débitos tributários não fizeram parte do negócio.
O Safra não respondeu aos pedidos de entrevista.