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Assistente virtual do iPhone passa a entender português após 4 anos
Em atualização do sistema iOS, Apple também incluiu 'emojis' com diversidade de tons de pele
Petição criticou fato de só existirem duas 'carinhas' não brancas entre as disponíveis para mensagens
O assistente virtual Siri, presente no iPhone e no iPad e que funciona por comando de voz, finalmente começou a entender português, após atualização do sistema operacional iOS, nesta quarta (8).
A ferramenta, desenvolvida originalmente por uma start-up (empresa iniciante de tecnologia) comprada pela gigante em 2010 e incluída no software em 2011, emprega inteligência artificial para entender as palavras do usuário e o que ele quer dizer.
Mais do que uma brincadeira, já que responde de modo divertido a questões como "quer casar comigo", a Siri faz parte da estratégia competitiva da Apple.
Ao facilitar a procura por um restaurante, por exemplo, o sistema ajuda a companhia a competir com rivais como o Google. Isso posiciona a Apple na disputa pelas chamadas "buscas casuais", que envolvem uma necessidade momentânea do usuário.
Ontem, quando a reportagem perguntou à Siri qual era a farmácia mais próxima, ela indicou um estabelecimento que ficava a 2 km da sede da Folha, de forma clara.
O sistema também dá acesso a recursos como reprodução de músicas, envio de mensagens e gerenciamento de calendário.
O Google Now, assistente pessoal presente no sistema operacional Android, fala português desde 2014.
A ferramenta da Apple também passou a falar russo, alemão, dinamarquês, holandês, tailandês, sueco e turco.
CARINHAS
A nova versão do iOS, numerada como 8.3, também resolveu uma polêmica envolvendo os "emojis", aquelas carinhas usadas em mensagens de texto. Foram incluídas 300 dessas figurinhas, incluindo seis tons de pele diferentes e famílias formadas por casais do mesmo sexo.
Havia a crítica de que as carinhas tinham pouca diversidade --apenas duas delas, de mais de 800 no sistema, faziam referências a rostos não brancos: a de um asiático e de um homem com turbante.
Em 2013, uma petição on-line exigia que a Apple mudasse isso.
Para a mudança, era necessário que o consórcio Unicode, que cria padrões para como caracteres serão exibidos em diferentes aparelhos e plataformas, adaptasse seus modelos, o que foi feito recentemente.
De acordo com o consórcio, as imagens foram baseadas nas originais criadas por uma companhia japonesa, o que fez com que elas "mostrassem um tom de pele mais claro".