Aneel propõe aumento médio de 15,16% para conta de luz em SP
Revisão tarifária, que pode chegar a 16,73% para residências, passa a valer a partir de julho
Entre reajuste extraordinário e nova bandeira tarifária, energia na cidade já subiu mais de 40%
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) propôs nesta terça-feira (5) um aumento médio de 15,16% nas tarifas de energia elétrica cobradas pela Eletropaulo, que serve a cidade de São Paulo.
Para os consumidores residenciais, o aumento apresentado foi de 16,73%, enquanto o da indústria ficou em 12,21%, de acordo com o órgão.
A proposta da Aneel refere-se à revisão tarifária, que é feita a cada quatro anos com base numa reavaliação de custos e investimentos das empresas. A autorização da agência é preliminar e serve de teto para a alta cobrada pelas distribuidoras.
O órgão anunciou uma audiência pública em São Paulo, no dia 21 de maio, para discutir o assunto.
A diretoria da Aneel voltará a se reunir no dia 30 de junho para definir os índices finais --que serão aplicados a partir de julho.
Nos anos entre uma e outra revisão tarifária quadrienal, ocorrem reajustes ordinários anuais das tarifas de todas as empresas de distribuição do país.
É por meio do reajuste ordinário que se corrigem a inflação, alterações no custo dos encargos setoriais, dos contratos de compra de energia ou ainda as despesas com manutenção e operação.
REAJUSTE EXTRA
Neste ano, porém, o governo Dilma Rousseff permitiu que fossem feitas duas correções das tarifas de energia. Além do reajuste ordinário, também foi feito um extraordinário.
O aumento atípico repassou para a tarifa dos consumidores o gasto integral do setor em 2015, que inclui os pagamentos dos programas sociais e gastos com indenização de concessões e compra de combustíveis para as usinas térmicas.
Por isso, entre reajustes e valores da nova bandeira tarifária, a Eletropaulo já aumentou em 40,4% o valor da energia elétrica.
INTERIOR
A diretoria da Aneel também aprovou nesta terça (5) os reajustes tarifários para empresas que atendem o interior de São Paulo e alguns municípios de Minas Gerais.
Os consumidores atendidos pela Empresa de Distribuição de Energia Vale do (Edevp) terão redução de 0,50%, em média, no valor da energia elétrica.
Já a Companhia Nacional de Energia Elétrica (CNEE) teve aprovada a redução média de -4,01%, enquanto a queda nos preços da Empresa Elétrica Bragantina será de -1,70%, em média.
Dentre as distribuidoras do interior, apenas a Caiuá Distribuição de Energia teve aprovado um aumento, que será de 1,42%, em média.
As novas tarifas entram em vigor a partir de 10 de maio.