Mercado aberto
MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br
Comitê organizador da Rio-16 fecha R$ 1,7 bi em contratos
As despesas do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016 chegaram a R$ 1,7 bilhão até abril, segundo a entidade. O valor representa 22% do orçamento total de R$ 7,4 bilhões.
Outra parcela de R$ 1 bilhão deverá ser aplicada em contratos cujas concorrências já estão abertas ou deverão ser iniciadas nas próximas semanas.
"O objetivo é chegar ao fim deste ano com 85% a 90% das negociações fechadas", diz Tania Braga, do comitê.
A instituição é responsável pela parte operacional dos Jogos, como compra de alimentos para os atletas, móveis e transporte das delegações.
Por isso, o valor não inclui as despesas dos governos com instalações desportivas e infraestrutura pública.
Do total de 285 empresas que já são fornecedoras do comitê, 257 (90%) são brasileiras --a priorização de grupos nacionais é um dos critérios para as compras.
Requisitos ambientais e sociais também foram adotados pela entidade, como a aquisição de madeira proveniente de áreas de manejo e de têxteis de companhias que cumprem a lei trabalhista.
"A mudança de mentalidade das empresas em relação às compras sustentáveis poderá ser um legado dos Jogos", afirma a executiva.
O orçamento do comitê é formado integralmente por recursos privados.
A maior parte vem de patrocinadores locais (40%), de contribuição do Comitê Olímpico Internacional (25%) e da venda de ingressos (16%).
Em uma fria A Heineken fechou parceria com as lojas AmPM dos postos Ipiranga para instalar câmaras refrigeradas nas quais os consumidores podem entrar e escolher suas bebidas. Serão 200 unidades até o fim do ano.
Estante A distribuidora de livros Bookpartners abrirá quatro livrarias da marca Cia dos Livros em Araçatuba, Araraquara e São Carlos, no interior de São Paulo, e em Maceió, a terceira da empresa na cidade. Hoje, são 13 pontos no país.
A gosto A Cocineiro, conhecida pelos azeites, prevê dobrar a venda de sumo de limão envazado para uso culinário neste ano. Em 2014, foram mil toneladas do produto.
EQUIPARADO AOS GRANDES
Apesar da crise econômica, o Brasil foi colocado na lista dos mercados prioritários da divisão farmacêutica da Bayer, no mesmo patamar de EUA, China, Japão, Alemanha e França.
"É um país com mais de 200 milhões de habitantes e destino de muitos investimentos", diz Laura Gonzalez Molero, presidente da Bayer HealthCare Pharmaceuticals na América Latina.
"Os ciclos econômicos estão em todos os países, desenvolvidos ou não."
As vendas dos medicamentos da companhia que exigem prescrição médica tiveram alta nominal de 11% no ano passado. Para 2015, a previsão é que avancem entre 8% e 10%.
"O setor de saúde é influenciado pela situação econômica, mas não tão diretamente. As pessoas deixam de ir a um restaurante durante a crise, mas não deixam de comprar um remédio."
O país responde hoje por 40% das vendas farmacêuticas do grupo na América Latina, que, por sua vez, é responsável por 10% do faturamento global.
Em 2014, a divisão comercializou € 1 bilhão (R$ 3,4 bilhões) na região.
PRESENTE ADIADO
As vendas do varejo na primeira semana de maio cresceram 8,6% no país, segundo estudo da Cielo, de cartões e transações eletrônicas.
"Foi um Dia das Mães mais fraco em comparação com 2014, entretanto, maior que o desempenho do varejo em abril", afirma Gabriel Mariotto, responsável pelo Índice Cielo de Varejo Ampliado.
As compras em shoppings e fora deles tiveram desempenho parecido. Em 2014, o comércio de rua superou.