Minoritários pedem abertura de investigação sobre Luma e Eike
Queixa é sobre uso de informação privilegiada em compra de ações
Uma associação de investidores pediu ao Ministério Público Federal do Rio nesta sexta-feira (5) a abertura de investigação sobre negócios da ex-modelo Luma de Oliveira com ações da MPX (atual Eneva), empresa de energia do ex-marido Eike Batista.
A queixa-crime foi protocolada pela ANA (Associação Nacional de Proteção dos Acionistas Minoritários) sob o argumento de que Luma teria comprado as ações com informações privilegiadas fornecidas pelo ex-marido, um crime financeiro que pode levar à prisão.
Segundo Aurélio Valporto, economista da associação de investidores, a queixa é baseada em trechos do livro "Tudo ou Nada", da jornalista Malu Gaspar, e que teriam sido confirmados por "fontes da associação no mercado financeiro".
O livro afirma que Luma de Oliveira teria comprado 508.600 ações da MPX um mês antes do anúncio de grande parceria da empresa com a alemã E.ON. Era uma notícia positiva e que tenderia a provocar uma forte valorização nos preços das ações.
OUTRO LADO
O advogado de Eike Batista, Sérgio Bermudes, disse nesta sexta-feira que ainda não teve acesso ao conteúdo da petição, mas prestará as informação necessária da parte do empresário.
"Luma está separada de Eike desde 2002 e não fez nenhum negócio a mando do Eike ou solicitação dele", disse o advogado.
O advogado Michel Assef Filho, que representa Luma, não se pronunciou até a conclusão desta edição.