HSBC põe filial brasileira à venda; cliente não será afetado
Troca de comando, se ocorrer, não altera serviços e investimentos contratados no país; banco quer reduzir equipe em 50 mil postos no mundo
O britânico HSBC, que chegou em 1997 prometendo acirrar a concorrência no setor bancário brasileiro, anunciou uma reestruturação global que prevê a venda das filiais brasileira e turca.
A instituição anunciou que pretende reduzir sua equipe em 50 mil vagas (25 mil delas viriam com a venda das duas unidades).
No Brasil, a mudança no comando, se for concretizada, não afetará os 10 milhões de clientes, a maioria de alta renda. Eles continuarão com os serviços e as aplicações contratados atendidos pelo novo dono. Será mantido só o atendimento a empresas.
Deficitária, a filial brasileira é disputada por Bradesco, Itaú e Santander, que têm experiência em aquisições e que procurarão não desagradar aos clientes do HSBC sob o risco de perdê-los para a concorrência. No entanto, as facilidades que o HSBC oferece para o cliente em viagens e mudanças ao exterior poderão ser revistas se o novo dono não tiver uma rede global.
A filial brasileira é avaliada pelo mercado entre R$ 10 bilhões e R$ 12 bilhões. Os bancos interessados não estão dispostos a pagar muito mais. O favorito é o Bradesco.
As mudanças ocorrem após forte queda no lucro e previsão de multas decorrentes do escândalo conhecido como Swissleaks, em que é acusado de ajudar clientes a sonegarem impostos em contas na Suíça.