Mercado Aberto
Unilever reduz aerossol e abre tecnologia para a concorrência
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
A Unilever vai reduzir pela metade a embalagem dos antitranspirantes em aerossol das marcas Dove e Rexona.
Para fomentar o novo formato de 85 ml (em vez do tamanho tradicional, entre 169 ml e 175 ml) a multinacional vai oferecer a sua tecnologia aos concorrentes.
Desenvolvidos por dez anos em laboratórios europeus e preparados com pesquisas por dois anos no Brasil, os lançamentos "entregam a mesma eficiência ao mesmo preço", afirma Fernando Fernandes, presidente da companhia.
"Os antitranspirantes em aerossol comprimidos geram uma economia de 30% de alumínio em embalagens; 30% na pegada de carbono e 50% na emissão de gás propelente (responsável pela saída do produto da lata)", diz.
Com isso, há 53% mais produtos por pallet e 35% menos caminhões nas ruas, afirma.
Fernandes reconhece que a empresa não é filantrópica, mas diz que "ser sustentável não é uma opção, é a única forma de manter negócios e garantir um futuro melhor".
O executivo diz que, apesar da economia que a nova versão permitirá, não é viável cortar preços, em razão do investimento feito em tecnologia, de valor não informado.
A companhia também não divulga sua projeção de vendas e de produção das novas embalagens. Elas sairão da fábrica a partir de segunda-feira (22) e estarão à venda ao lado dos desodorantes originais no dia 1º de julho.
Os aerossóis da empresa continuarão a ser produzidos na Argentina. No Brasil, sabão em pó, líquido e amaciante da Unilever já têm formatos concentrados.
O Instituto Akatu acompanhou o desenvolvimento do produto, de acordo com o seu presidente Helio Mattar.
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GALPÃO PORTUÁRIO
O grupo belga Manuchar, distribuidor de produtos químicos, minerais e siderúrgicos, vai construir um novo armazém dentro do porto de Imbituba, em Santa Catarina.
Será um projeto modular que terá até 15 mil metros quadrados de área construída, com um investimento de R$ 21,5 milhões.
"Atuamos em Imbituba desde 1996 e, com o novo espaço, vamos dobrar a nossa capacidade [de movimentação de cargas]", diz Pedro Nelson, executivo do grupo.
A área que receberá o armazém no porto estava arrendada à empresa Fertisanta, cujo controle acionário foi adquirido pela Manuchar.
Com a compra, a multinacional assumiu um espaço de 60 mil metros quadrados. A transferência já foi autorizada pela Antaq (agência federal do setor).
A empresa belga importa e vende matérias-primas para indústrias, principalmente dos setores de higiene e limpeza, papel e celulose, vidros, têxtil e tratamento de água.
1.600
é o número de funcionários do grupo no mundo
200
são os trabalhadores da empresa no Brasil
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GARANTIA NO COMBUSTÍVEL
A desaceleração das vendas de eletrodomésticos levou o Grupo Zema, com sede no interior de Minas Gerais, a reduzir o ritmo de expansão de sua rede de lojas.
Em 2015, deverão ser abertas 35 unidades --que demandarão cerca de R$ 52,5 milhões em investimentos. Desde 2011, a média anual era de 58. No total, são 510 pontos em operação hoje.
"Estamos cautelosos. As linhas de crédito não estão boas", diz o diretor-geral da companhia, Romeu Zema.
Mesmo com o desempenho fraco do setor, a empresa deverá atingir a meta de faturar R$ 3,5 bilhões. O número, porém, será alcançado graças ao segmento de combustíveis, no qual o grupo atua com distribuição.
"Ganhamos participação de mercado por estarmos com novos postos."
A empresa tem 300 pontos com a sua marca e vendeu 12% a mais em litros no primeiro trimestre deste ano do que no mesmo período de 2014. Em valores, a alta chegou a 22% por causa do reajuste da gasolina.
Do faturamento previsto para 2015, 54% serão gerados pelo segmento, projeta o empresário. Em 2014, eram 51%. O varejo recuará de 46% para 44%. Concessionárias e uma financeira responderão pelo restante.
R$ 3 bilhões
foi o faturamento do grupo no ano passado
16,6%
é a alta prevista para 2015
7.900
são os funcionários
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CHEFIA SEGMENTADA
O salário-base de diretores de empresas com centros de serviços compartilhados (CSC) pode ser, em média, 30% inferior ao de companhias sem essa estrutura, segundo a recrutadora Hays.
Em geral, esse compartilhamento é feito com áreas de apoio, como de recursos humanos, entre diversas empresas de um mesmo grupo.
"Se compararmos o nível de diretoria de um serviço compartilhado ao de uma área ligada ao negócio da empresa propriamente dito, os últimos acabam sendo mais valorizados", diz Carlos Silva, da Hays.
O cargo de alta gerência de contabilidade é o que tem melhor remuneração em CSCs.
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