Ação contra Petrobras em NY terá decisão em 2 semanas
Juiz dirá se encerrará caso ou se lhe dará sequência
Na primeira audiência sobre a ação coletiva movida contra a Petrobras na Corte de Nova York, o juiz Jed Rakoff disse, nesta quinta (25), que decidirá em até duas semanas se encerrará o caso, como quer a estatal brasileira, ou se dará sequência ao processo.
Caso o juiz mantenha a ação na corte, defesa e acusação começarão a elaboração de provas e argumentos.
Em sua defesa, a Petrobras afirma que o caso não deveria ser julgado nos EUA, apenas no Brasil. Segundo a companhia, as supostas violações à legislação brasileira aconteceram em território nacional, imunizando-a perante a Justiça americana.
Argumenta ainda que o escândalo de corrupção revelado pela Operação Lava Jato não beneficiou a empresa, ao contrário. "[A situação financeira] piorou mais do que melhorou", disse o advogado Roger Allen Cooper.
A acusação argumenta que supostas fraudes na Petrobras afetaram agentes do mercado nos Estados Unidos e, por isso, deveriam ser julgados em Nova York.
O objetivo do autores da ação coletiva é recuperar os prejuízos daqueles que aplicaram em ADRs (recibos de ações na Bolsa de Nova York) ou em títulos de dívida da Petrobras de janeiro de 2010 a março deste ano.