Mercardo aberto
MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br
Corredor de escritórios na zona sul de SP cresce e taxa de vacância é de 25%
Em um cenário que já é de superoferta para o segmento de locação corporativa em São Paulo, o corredor formado pela avenida Luís Carlos Berrini que culmina em um novo aglomerado de torres na Chucri Zaidan, na zona sul, vai despejar mais um grande volume de lajes no mercado.
Só na região das duas vias, onde há 97 edifícios de alto padrão, a metragem de escritórios crescerá 32,2% até o fim de 2016, segundo a consultoria JLL (Jones Lang LaSalle).
O número é bem superior à média da capital, estimada em 18% para o período.
A entrada de novos edifícios deverá pressionar ainda mais a taxa de ociosidade da área, que já é considerada alta, de cerca de 25%.
O que tem evitado uma escalada ainda maior na vacância das torres é a mudança de empresas, que antes ocupavam prédios menos sofisticados em outras regiões.
"Esse é o principal movimento observado hoje naquela área, principalmente por companhias que buscam espaços acima de 2.000 metros quadrados", diz André Rosa, diretor da consultoria.
A migração é impulsionada sobretudo pela redução nos preços de locação. A queda nos valores, por sua vez, foi pressionada pelo quadro atual de oferta excessiva.
Levando em consideração toda a cidade de São Paulo, o valor médio de locação caiu 2,1% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2014.
Entre as torres de classe A, a queda de preço foi ainda maior no período, de 6,7%.
BOM HUMOR FORA DE CASA
Executivos brasileiros que participaram de reuniões com a presidente Dilma Rousseff em Nova York, Washington e São Francisco fizeram uma avaliação positiva da viagem nesta semana aos Estados Unidos.
Além da abertura do mercado norte-americano para a carne in natura brasileira, não foram feitos grandes anúncios na área comercial.
O comentário mais frequente entre os empresários foi sobre o bom humor demonstrado pela presidente durante os encontros.
"Quando a presidente está no exterior, ela sai da agenda negativa e vai para a positiva, pode discutir ideias e problemas", diz Marco Stefanini, que preside a empresa de tecnologia que leva seu nome e atua em 34 países.
Na reunião com representantes de empresas brasileiras em Nova York, Dilma deu oportunidade de todos falarem, segundo relatos de alguns dos participantes.
Empresas com negócios no exterior afirmam ter observado uma maior atenção ao comércio exterior com as visitas da presidente e do ministro Armando Monteiro (do Mdic) aos EUA e ao México, além da recepção ao premiê chinês, Li Keqiang no Brasil.
Na Califórnia, a ida à Nasa e ao Google, foi acompanhada por executivos de companhias ligadas à inovação e à tecnologia, como a Embraer.
Depois das visitas, "quem sabe venha algo novo mais forte nessa linha de inovação e de tecnologia [como o Ciência sem Fronteiras, que leva estudantes para o exterior]?", pergunta-se Stefanini.
CRACHÁ REFORMADO
Seis em cada dez diretores de recursos humanos ouvidos pela empresa de recrutamento Michael Page no Brasil afirmaram ter demitido no primeiro semestre deste ano.
Pouco mais da metade (55%), por sua vez, afirmou ter planos de contratar nos próximos 12 meses.
Entre os que planejam admitir neste ano, 63% disseram que seria com o intuito de substituir empregados.
"Há quatro anos, 70% das contratações eram com o objetivo de ampliar o quadro de funcionários, mas isso se inverteu", afirma Ricardo Basaglia, diretor da consultoria.
A performance abaixo do esperado pela companhia e a falta de capacidade em lidar com um cenário de crise são algumas das causas para as substituições, de acordo com Basaglia.
O plano de carreira é apontado como um dos principais atrativos para funcionários.
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...ver Das mil unidades produzidas no mundo da edição limitada, 77 vão ser comercializadas no Brasil. O modelo vai chegar aos 42 concessionários da marca no país no próximo dia 11.
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