Ibama diz que há concentração de pedidos em uma só região
O Ibama afirma que o atraso nas licenças ocorreu também porque muitas empresas entraram com pedido de licenciamento para trabalho de sísmica na mesma área. O órgão não poderia liberar que cinco companhias fizessem o mesmo trabalho, sob risco de ampliarem os impactos.
Segundo o Ibama, a falta de informações sobre as áreas a serem exploradas fez ampliar as exigências para o licenciamento, mas uma mudança está em discussão com o setor.
A indústria de petróleo, por seu lado, não estava preparada para as novas exigências feitas no licenciamento ambiental. Um executivo que adquiriu blocos na 11ª rodada classificou os pedidos como "estapafúrdios".
Biólogos ouvidos pela Folha disseram que as demandas são pouco razoáveis, já que são pedidos estudos que chegam a dois anos de monitoramento para uma atividade que durará cinco meses.
Entre os pedidos mais criticados, está a instalação, em Barreirinhas, no Maranhão, de um posto veterinário a cada três quilômetros de praia para receber animais doentes. Um dos biólogos afirmou que Barreirinhas mal tem hospital para a população. "E o Ibama quer exigir essa quantidade de postos veterinários?"