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MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Piauí terá PPPs para transporte e infraestrutura
O governo do Piauí planeja lançar as suas primeiras PPPs (parcerias público-privadas) em busca de investidores para as áreas de infraestrutura e transportes.
O projeto mais avançado, que entrará em fase de audiências públicas, envolve um contrato estimado em R$ 128,3 milhões para repassar a gestão de três terminais rodoviários, em Teresina e municípios do interior.
O grupo ou consórcio que vencer a disputa assumirá as estruturas por 25 anos e terá de modernizar as rodoviárias, atualmente administradas pelo próprio governo.
"Hoje, o Estado não tem uma equipe adequada para esse tipo de serviço", diz Viviane Moura Bezerra, superintendente de Parcerias e Concessões do Piauí.
A PPP será no modelo de concessão plena, sem que haja a necessidade de pagamento de contraprestações por parte do Estado. O parceiro será remunerado com as tarifas de embarque e desembarque das rodoviárias e com receitas de estacionamentos e aluguel de espaços.
Outro projeto já autorizado pelo governo trata da construção de um contorno viário interligando Teresina a Timon, no Maranhão. Com custo de R$ 80 milhões a R$ 90 milhões, a obra incluirá uma ponte sobre o rio Parnaíba, que divide os Estados.
O objetivo é retirar de dentro das cidades o tráfego pesado de caminhões.
Nessa PPP, a empresa vencedora terá retorno com a cobrança de pedágio. "Dependendo do volume de tráfego, nos primeiros anos o Estado também terá de arcar com uma contraprestação", afirma a superintendente.
SOL CEARENSE
Três anos após ter vendido a cachaça Ypióca para para a Diageo, em um negócio de R$ 900 milhões, o grupo cearense Telles entrará no segmento de geração de energia por meio da luz solar.
A empresa, que hoje atua em áreas bastante distintas, como produção de etanol, água mineral e medicamentos, investirá cerca de R$ 30 milhões.
A usina ocupará 40 mil m² em Pindoretama (a 40 km de Fortaleza), perto de uma fábrica de papelão da companhia.
O grupo fechou um contrato com a norte-americana SunEdison para os equipamentos da planta, como os 9.300 painéis fotovoltaicos.
"A maior parte da energia vai suprir a nossa fábrica, mas haverá um excedente que poderá ser entregue à distribuidora [Coelce]", diz o presidente, Everardo Telles.
Desde que vendeu a Ypióca para a Diageo -dona da vodca Smirnoff e do uísque Johnnie Walker-, a empresa cumpre um acordo de cinco anos fora do segmento.
Por enquanto, segundo o empresário, não há planos para voltar à produção de aguardente após o encerramento da quarentena, em 2017.
1.850 são os funcionários do grupo cearense
2 são as fábricas de etanol da empresa, carro-chefe do negócio depois da venda da Ypióca
Desconfiança... O índice de confiança do consumidor caiu 22,8% nos últimos doze meses na cidade de São Paulo. O indicador ficou em 84,5 pontos em julho (em escala que varia de 0 a 200), segundo a FecomercioSP.
...paulistana O valor registrado é o mais baixo desde junho de 2002. Inflação elevada e aumento do desemprego foram os principais responsáveis pelo recuo, de acordo com a entidade. Foram entrevistadas 2.100 pessoas.
Mercado... Afeal (associação dos fabricantes de esquadrias de alumínio) vai ampliar as ações para retirar do mercado produtos fora da norma técnica, cumprindo solicitação do Ministério das Cidades.
...limpo O trabalho inclui a compra no varejo, por amostragem, de janelas para testes em laboratório. O setor movimenta R$ 6,5 bilhões por ano.
DESPESA COMPARTILHADA
Os custos com condomínios residenciais na região metropolitana de São Paulo subiram 10,9% em junho deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2014, segundo o Secovi-SP (sindicato paulista da habitação).
Em relação a maio, a alta foi de 1,9%, a maior variação mensal do ano.
A elevação se deve ao aumento dos preços de água, esgoto, energia elétrica e gás, que subiram 26,6% nos últimos doze meses até junho.
"Essa foi uma das piores altas nos últimos dois ou três anos e é superior ao IGP-M [de 5,59%] do período", afirma Hubert Gebara, vice-presidente da entidade.
As tarifas de serviços de água, saneamento luz e gás respondem por 10% a 15% do custo médio com condomínio residencial na região metropolitana e são a segunda principal despesa.
Os gastos com funcionários aparecem em primeiro lugar, com 40% a 50%.
"O indicador tenta acompanhar a variação das despesas e servir de orientação a administradoras e síndicos na hora de fazer o reajuste dos condomínios."