Fraude leva a interdição, multa e processo criminal
Posto com venda mensal de 200 mil litros de gasolina lucra ilegalmente até R$ 28 mil
A identificação da fraude custa ao posto a interdição da bomba até que o problema seja sanado e multas de pelo menos R$ 20 mil, além do risco de um processo criminal.
Em fevereiro, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Santos apresentou à Justiça denúncia criminal sobre a fraude em uma rede de postos.
A denúncia, aceita pela Justiça, foi motivada pela reincidência dos fraudadores, que já haviam sido autuados em 2011 e foram flagrados no início deste ano com 18 bombas adulteradas.
O alto potencial de lucro explica o risco assumido pelos donos dos postos: com uma venda média de 200 mil litros de gasolina por mês, é possível lucrar ilegalmente R$ 28 mil mensais, considerando um desvio de 4,5% e o preço médio da gasolina no Estado de São Paulo, de acordo com pesquisa da ANP, de R$ 3,106.
Em geral, diz o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo, postos com bombas adulteradas praticam preços mais baixos para vender volumes maiores.
"O consumidor tem que ficar atento caso o valor esteja muito abaixo da média", diz o presidente da entidade, José Alberto Paiva Gouvêa.