'Não consigo buscar emprego', afirma operário
Após 13 anos de trabalho em uma siderúrgica da Vila Prudente (SP), Lourival da Silva, 47, foi demitido com outros 30 colegas no dia 14 de julho.
Os direitos trabalhistas, porém, serão recebidos (e conferidos um a um, como faz questão de frisar) em setembro, quando deverá comparecer ao sindicato da categoria para encerrar o contrato de trabalho.
"O problema é que nesse meio tempo a carteira fica 'presa'. Sem dar baixa, não posso procurar outro emprego, não consigo sacar meu FGTS nem pegar a papelada para receber o seguro-desemprego."
Sem conseguir fazer uma reserva financeira, Silva tem contado com a ajuda da mulher, que trabalha como assistente comercial e tem um salário inferior ao que ele recebia (cerca de R$ 1.700), para pagar o aluguel, as dívidas e as contas da casa.
Pela lei, as empresas têm de depositar as verbas rescisórias até dez dias após a demissão. Mas o empregado só pode acessá-las após fazer a homologação da rescisão de seu contrato de trabalho.