GM vai à Justiça contra greve no Vale do Paraíba
Sindicato quer que demissões sejam canceladas; montadora não comenta
A General Motors acionou a Justiça para impedir a greve dos funcionários da fábrica de São José dos Campos, iniciada nesta segunda (10).
A empresa entrou com pedido de dissídio coletivo de greve no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, que marcou uma audiência de conciliação para o dia 17.
A GM afirmou também que obteve uma medida liminar na Justiça do Trabalho, para impedir que o sindicato bloqueie "vias, bolsões e acessos, permitindo a entrada e a saída de pessoas e veículos". O objetivo, segundo a empresa, é impedir piquetes.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos disse, em nota, que vai contestar a liminar na Justiça.
"A greve dos trabalhadores da General Motors é uma mobilização pacífica e legítima." A entidade disse seguir disposta a negociar.
De acordo com estimativa do sindicato, cerca de 500 funcionários foram demitidos desde sábado (8). A GM não confirmou o número.
Os grevistas querem que as demissões sejam canceladas e substituídas por redução da jornada de trabalho para 36 horas, sem impacto no salário, licença remunerada, ou um novo lay-off, com compromisso de estabilidade.
A GM de São José dos Campos produz os modelos S10 e Trailblazer, além de motores, transmissão e kits para exportação, informou o sindicato.
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RAIO-X DA GREVE
FUNCIONÁRIOS EM GREVE 5.200, ou 100%, segundo o sindicato. Montadora não comenta
O QUE QUER O SINDICATO Cancelar as demissões e negociar opções
O QUE OFERECE A EMPRESA Disse ter feito "todos os esforços para evitar o corte de empregados".
Não se manifestou sobre a possibilidade de negociar ou cancelar demissões