Parte da 'Economist' é vendida por R$ 2,5 bi
Pearson, que negociara o 'Financial Times' em julho, desfaz-se de sua parcela de 50% na empresa que edita revista
Negócio é mais um passo na estratégia da editora britânica, dona da Wizard e do Sistema COC, de priorizar educação
Em mais um passo na estratégia de priorizar o setor de educação, a editora britânica Pearson anunciou nesta quarta (12) a venda de sua participação de 50% no Economist Group, que edita a prestigiada revista "The Economist", por £ 469 milhões (cerca de R$ 2,5 bilhões).
A venda é o segundo grande negócio fechado pela Pearson nas últimas semanas. Em julho, a editora britânica repassara o FT Group (que inclui o jornal "Financial Times") ao conglomerado japonês Nikkei, por £ 844 milhões (R$ 4,6 bilhões).
A maior participação no Economist Group ficará com a Exor, braço de investimento da família Agnelli (dona da Fiat). Ao pagar £ 287 milhões (R$ 1,5 bilhão) à Pearson, elevará sua participação de 4,7% para 43,4%.
O restante da fatia será adquirido pelo próprio Economist Group, por £ 182 milhões (R$ 1 bilhão), o que aumentará a participação de todos os acionistas, como as famílias Rothschild, Schroder and Cadbury.
Além da "Economist", revista semanal econômica fundada em 1843 e espécie de "bíblia" do liberalismo, o grupo tem outros negócios, como a consultoria The Economist Intelligence Unit e a TVC (agência de marketing digital).
A operação com a Pearson confere ao Economist Group um valor de mercado estimado em £ 955 milhões (R$ 5,2 bilhões).
A quantia equivale a seis vezes os R$ 870 milhões que Jeff Bezos pagou pelo "Washington Post", em 2013.
A Pearson tem forte atuação no Brasil. É dona, entre outas, das escolas de idiomas Wizard e Yázigi e dos Sistemas de Ensino COC, Dom Bosco e Pueri Domus.