Presidente da Porsche é favorito na Volks
Novo comandante tem a missão de restaurar a confiança na montadora alemã, após escândalo de fraude
Alemanha diz que veículos no país tem software fraudulento; França e Reino Unido também investigarão
A Volkswagen deve nomear nesta sexta-feira (25) o diretor-executivo da Porsche, Matthias Müller, 62, como novo presidente da empresa
Ele é considerado o favorito para substituir Martin Winterkorn, que renunciou na quarta-feira em meio ao escândalo global de fraude de emissões de gases poluentes.
Outro nome cotado é o de Winfried Vahland, presidente da Skoda, subsidiária da Volks na República Tcheca.
O novo presidente terá que restaurar a confiança de consumidores e concessionários, que manifestaram descontentamento pela falta de informação sobre como serão afetados pelo escândalo.
A Volkswagen admitiu no início da semana que cerca de 11 milhões de veículos de todo o mundo tinham sido equipados com o motor no qual as autoridades americanas identificaram um software capacitado para manipular os níveis de emissões.
Segundo o governo dos EUA, a empresa instalou um software programado para detectar quando o carro está passando por um teste oficial de emissões e para ativar o sistema pleno de controle de emissões só durante a análise.
Os controles são desativados em situações de uso normal dos veículos, nas quais eles poluem muito mais do que o fabricante reporta.
IMPACTO GLOBAL
O governo alemão afirmou que entre os 11 milhões de veículos da Volkswagen afetados pelo escândalo de manipulação nas emissões de poluentes há automóveis que circulam pela Europa.
As autoridades esperam da montadora que detalhe nos próximos dias as marcas e os modelos envolvidos.
França e Reino Unido disseram que os países também farão testes para identificar se há veículos com software similar ao usado pela Volks.