4 brasileiros estão em lista global de melhores executivos
Carlos Brito, em 16º lugar, é o mais bem colocado em ranking da "Harvard Business Review", seguido por Roberto Setubal, do Itaú
Quatro brasileiros estão na lista dos cem presidentes-executivos com melhor desempenho do mundo, elaborada pela revista norte-americana "Harvard Business Review".
O número é o mesmo da lista divulgada no ano passado, mas houve mudanças nos nomes dos executivos do país que participam do ranking.
Neste ano, o grupo de brasileiros é liderado por Carlos Brito, da cervejaria AB Inbev, que aparece na 16ª posição. Ele estava na lista feita em 2014, mas como o terceiro brasileiro mais bem colocado e em 46º lugar no geral.
O presidente do Itaú Unibanco, Roberto Egydio Setubal, vem em segundo lugar entre os brasileiros, na 24ª posição no ranking geral.
Ele é seguido por Carlos Ghosn, que comanda a montadora francesa Renault, em 40º lugar. Os dois não figuravam no ranking de 2014. Ghosn também tem origem francesa e libanesa.
Renato Alves Vale, da administradora de rodovias CCR, fecha a lista de executivos do país, na 50ª posição. Em 2014, era o segundo entre os brasileiros e o 32º no geral.
O então presidente da distribuidora de energia Cemig, Djalma Bastos de Morais, e o presidente da siderúrgica CSN, Benjamin Steinbruch, saíram da lista. Em 2014, ocuparam a 30ª e a 66ª posição, respectivamente.
Em 2012, a lista chegou a ter nove brasileiros.
MUDANÇAS
A metodologia usada para formar o ranking, que começou a ser publicado em 2010, sofreu alterações em 2015. Até o ano passado, os executivos eram avaliados com base nos resultados financeiros e no valor de mercado das companhias que comandavam.
Desta vez, a nota passou a considerar também o desempenho das empresas nas áreas social, ambiental e de governança.
A alteração nos critérios fez com que o americano Jeff Bezos despencasse na lista. Considerando somente o resultado financeiro, o fundador da Amazon seria eleito o melhor presidente de empresa no mundo, como em 2014.
Mas, com a nova metodologia, ficou em 87º.
A lista é liderada pelo dinamarquês Lars Sørensen, que comanda a farmacêutica Novo Nordsik desde 2000.
Ele é seguido por John Chambers, da firma de tecnologia Cisco Systems; Pablo Isla, da espanhola Inditex (dona da Zara); e Elmar Degenhart, da fabricante de autopeças Continental.
Como no ano passado, presidentes de gigantes de tecnologia como Apple, Microsoft, Google e Facebook ficaram de fora da lista.
Na avaliação da "Harvard Business Review", a mudança na metodologia faz com que o ranking deste ano não seja comparável aos dos anos anteriores, mas levanta o debate sobre a importância do desempenho em outras áreas.
"A lista tinha a desvantagem de só olhar um aspecto do que o sucesso realmente significa para uma companhia", disse Adi Ignatius, editor da publicação, ao "Financial Times".
TRIAGEM
A análise foi feita a partir das empresas que faziam parte, ao fim de 2014, do índice S&P Global 1200, que reúne empresas de América do Norte, Europa, Ásia, América Latina e Austrália.
Foram excluídos executivos que estavam no cargo há menos de dois anos e que foram presos ou condenados por algum crime. Restaram 907 executivos que chefiam empresas em 30 países.
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